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Arquitetos: Monti Bruno Morero
- Área: 471 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Javier Agustín Rojas
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Fabricantes: Cosentino, ACINDAR, Aluar, BANDALUX, Blangino, Blum, Carrier, Durlock, FV, Holcim, Jhonson Acero, Murvi, REHAU, Tersuave, Weber, ferrum
O projeto é uma peça dentro de um sistema maior articulado em uma propriedade excepcional do tecido urbano, dois blocos juntos pertencentes a uma comunidade religiosa formam um lote de 160m por 80m. O complexo é constituído por uma igreja, um hospício, um centro diurno, uma Via Sacra, uma gruta e alguns anexos, todos articulados por uma série de pátios interligados.
A tipologia adoptada tira partido da ideia de pátio e claustro. Neste caso, a “cela” é entregue ao “vazio” e o ambulatório opera no perímetro dando autonomia à parede que fecha o complexo. A sequência de uma jornada processional supostamente monótona pelo corredor é alterada pelo ritmo da luz do sol que penetra de cima através de claraboias circulares. Esta "procissão" culmina no oratório, um espaço branco inesperado, volumoso, que revela através da luz a sua espacialidade abobadada.
O programa está dividido em três alas que delimitam o pátio interior. Um quarto limite é um muro que separa o pátio com uma praça de acesso seco, espaço de articulação com as demais edificações do conjunto. O acesso à casa faz-se pela ala sul que alberga uma grande divisão orientada e aberta a norte; aqui se realiza parte da vida social dos párocos. As alas oeste e norte são configuradas por dois e três quartos, respectivamente. No cruzamento de ambas, a caixa do oratório destaca-se no volume fortemente oblongo da casa.
A proposta material é definida por paredes duplas de tijolo com junta horizontal, todas contidas entre duas lajes de concreto aparente; o inferior configura a cave e o superior a cobertura. A imagem que a ordem material sugere e a sua consequente resposta espacial pretendem estabelecer a continuidade com o contexto físico e histórico onde o edifício se insere.