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Arquitetos: GSS arquitectos
- Área: 540 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:João Guimarães
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto localiza-se num terreno junto ao mar, na Costa Sudoeste de Portugal e integrada no Parque Natural da Costa Vicentina
Trata-se de uma casa de férias para uma família de Lisboa e tem a sua origem numas construções pré-existentes. Apesar das pré-existências terem sido totalmente demolidas, devido ao mau estado de conservação, mantivemos a mesma implantação para as novas construções.
O terreno, situado no paraíso natural da Costa Vicentina, é estreito e termina no mar.
A implantação das 4 casas formam ao centro, um pátio de grandes dimensões, que funciona como uma pequena praça. Nesta zona exterior, foram criadas várias subzonas de estadia, permitindo uma vivência diferenciada do espaço.
Foram criadas zonas de sombra e de solário, definidas pelas zonas de deck, delimitadas por vegetação autóctone e areia.
Todas as casas apresentam uma volumetria simples retangular com uma cobertura de duas águas em telha rústica e artesanal. Este conceito arquitetónico, caracteriza as construções da região, embora a intervenção acrescente a modernidade e o conforto de uma casa contemporânea.
A luz natural é predominante em todos os compartimentos, mesmo os espaços interiores têm iluminação natural através de claraboias. As janelas correm dentro das paredes, permitindo desta forma, uma ligação com o exterior franca e natural.
A sala da casa maior e principal, tem uma forma retangular com 21m de comprimento. Esta área é subdividida por um elemento central, onde se localiza a lareira, que divide a zona de estar e a zona de refeições. A cozinha é aberta e permite uma vivência informal.
Toda a casa é percorrida por uma pérgula de ensombramento no exterior, coberta com varas de pinho. O ensombramento resulta nuns segmentos de luz que se desenham nas paredes e no pavimento, criando um ambiente calmo e sugestivo.
Os materiais são simples e de fácil manutenção.
As paredes exteriores são totalmente revestidas por um isolamento térmico acabado, garantindo desta forma a eficácia máxima no controlo térmico da casa. É como se a casa vestisse um casaco.
Ao nível das fundações e sob a laje térrea, foram colocados uns favos em PVC que garantem a total impermeabilização da casa ao nível do solo, bem como eventuais humidades.
No interior, foi usado o micro cimento nos pavimentos, o estuque com pintura branca nas paredes e madeira no revestimento dos tetos.
Os arranjos paisagísticos foram concebidos de modo a ligar os volumes construídos, criando diferentes ambientes de estadia e de observação. Existe o local da pequena horta, o local da fogueira noturna localizada numa antiga eira, agora preenchida com areia, onde as pessoas se perdem nas conversas.
A iluminação exterior foi meticulosamente pensada de forma a marcar os caminhos de forma desinteressada e a criar ambientes de máximo conforto, porque a casa também se vive de noite, sobretudo num local onde não existe poluição luminosa.