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Arquitetos: MCEA | Arquitectura
- Área: 2 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Gonzalo Ballester Rosique
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Fabricantes: Contratas Vilor, DT POOL COOPING, Equidesa, Prefabricados de Hormigones Montalbán y Rodríguez, SALVI
Descrição enviada pela equipe de projeto. A intervenção está localizada em um terreno nos limites de um local de interesse cultural do complexo histórico de Sant Francesc Xavier, e nos arredores da capela Sa Tanca Vella, a mais antiga da ilha, declarada Sítio de Interesse Cultural (BIC), na categoria de monumento, em 1993. Embora o projeto se limite à implementação de diferentes instalações esportivas, o planejamento inicialmente desenvolvido cobriu uma área maior, com a introdução de usos culturais, como um auditório ao ar livre, o entorno da capela Sa Tanca Vella, e a reorganização dos pomares urbanos já existentes no terreno.
O principal objetivo desta primeira parte da intervenção foi incentivar a interação entre diferentes grupos etários, através da introdução de múltiplas modalidades esportivas, adaptadas a cada um deles. Assim, o programa funcional incluiu espaços para o aprendizado do skate para usuários mais jovens, áreas de skate na modalidade street e bowl para usuários de faixas etárias intermediárias, e espaços para atividades bio-sanitárias para grupos etários mais velhos. A disposição destes usos incentivou o contato entre os diferentes usuários, sem produzir interferências negativas entre eles. Este foi o fio condutor, que atravessa toda a intervenção.
A localização do terreno dentro de uma área de interesse cultural significou que desde o início, o projeto buscou minimizar o impacto visual das superfícies pavimentadas no complexo. Por este motivo, o critério de projeto adotado foi a limitação máxima das superfícies pavimentadas e sua maior fragmentação, para tentar se adaptar à inclinação do terreno, sem configurar desníveis. A fragmentação dos espaços pavimentados, ao mesmo tempo, permitiu a conservação e a melhoria da infra-estrutura hidráulica tradicional, presentes no lote, inclusive recuperando seu uso para a evacuação das águas pluviais coletadas, sem a necessidade de construir novas instalações de drenagem.
A partir do conceito de superfícies pavimentadas reduzidas, nas quais o caráter natural da intervenção deveria ser predominante, projetamos um conjunto de pequenos espaços circulares. Cada um deles independente e orientado para uma faixa etária específica, conectando todos através de uma rota comum e sinuosa, que incentiva o contato entre os diferentes usuários. Como complemento ao programa exigido, foram introduzidas pequenas áreas para sentar e descansar, com árvores para fornecer sombra.
Os espaços intersticiais entre os diferentes usos dão continuidade à geometria escolhida, por meio da disposição de faixas de espécies nativas como a lavanda, que minimiza a necessidade de irrigação, e cujo tamanho oculta parcialmente a vista das áreas pavimentadas de concreto da via pública.