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Arquitetos: Évora Arquitetura
- Área: 2500 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Rafael Salim
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Fabricantes: Acp Eventos, Cubica, Irmarfer, Lonarte, Pdvex, Zuluz Iluminação
Descrição enviada pela equipe de projeto. 30 containers; 166 vigas treliçadas de montar; 98 pilares de encaixe; 1746 placas de piso; 6984 hastes reguláveis para piso; 68 pilares de cobertura; 138 vigas de cobertura; 01 arquibancada; 01 escada; 01 rampa; 04 sanitários; 50.000L H2o; 10.000KW/h energia. Dimensões C.130m x L.20m x H.7.5m.
Edifício: Abriga e organiza o público no programa de uma grande feira, com suas demandas e fluxos. Se apresenta como Arquitetura e dialoga formalmente com o patrimônio modernista do entorno. Ajustado ao terreno e a geografia do Parque do Flamengo e promove grande laje em deck sobre as galerias de arte para apropriação e contato amplo com a paisagem.
Não-Edifício: Catálogo de partes para aluguel e banalidades industriais que nos afetam na sua didática racional e tátil. Pódio acessado por rampa ausente de signos arquitetônicos maiores. Conjunto que se monta, desmonta, desmaterializa e desaparece em 07 dias. Eficiente, não deixa rastro, só registro e memória.
O pavilhão Laje Parque foi apresentado para a feira ArtRio 2021, na esplanada da Marina da Gloria, no Parque do Flamengo, assinado pelo escritório Évora Arquitetura. O Pavilhão se insere na fronteira entre um edifício e um não edifício. Discute sua presença através do emprego de materiais alugados e reutilizados, como contai-ners e estruturas de montar, organizados espacialmente de forma distendida e longitudinal. O projeto se utiliza de estrutura mista de componentes pré-fabricados de montagem. A implantação resultante da estrutura propõe à primeira vista um obstáculo poroso a quem se aproxima, para revelar a cidade a partir de um grande deck elevado e debruçado sobre a Baía de Guanabara.
O desenho do espaço e da cobertura promovem uma torção nos fluxos e na forma, produzindo resultado estrutural de maior resistência contra os ventos do local. Arquitetura dialoga com o entorno das construções do parque e com a náutica da Marina da Gloria. O mobiliário privilegia o design nacional em madeira e suas tramas naturais. O espaço abriga galerias, bares, estúdio para entrevistas e transmissões, sala de reuniões, projetos de artistas, arquibancadas para mostras de vídeo arte e uma grande varanda de estar.
O pavilhão foi montado em 8 dias e integralmente desmontado em 4. Suas partes componentes retornaram às prateleiras dos galpões das empresas fornecedoras. O projeto começou a ser desenvolvido em maio de 2021 e se insere em longa pesquisa do autor pelo tema das Arquiteturas Temporárias. Évora, que é professor de projeto na Puc Rio, já desenvolveu instalações de emergência para as forças brasileiras no Haiti, projeto para o Golfe Clubhouse dos Jogos Olímpicos Rio2016 e para o MoMA NY.