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Arquitetos: Enter Arquitectura
- Área: 446 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Ricardo Oliveira Alves
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Fabricantes: Area Store, AutoDesk, BRUMA, ClayLime, Duravit, Fornecedor da região, Oli, Reynaers Aluminium, Smeg, Weber
Descrição enviada pela equipe de projeto. Local de intervenção com história de utilização ligada a exploração agrícola variada, tendo o seu grande foco no cultivo de frutos vermelhos, o edifício recuperado servia de apoio à exploração agrícola da Herdade da Ferraria.
Consistia num edifício pragmático de planta rectangular com um piso térreo todo à mesma cota e um segundo piso com um vão de entrada. A estratégia passou pela manutenção do arquétipo do armazém agrícola e de elementos existentes como a estrutura de madeira da cobertura e do pavimento do segundo piso.
A intervenção fez uso da divisão interior do edifício e o programa definiu a modelação do terreno criando dois níveis: piso superior à cota da entrada (elevada relativamente ao existente) de carácter mais social e o piso inferior (à cota existente) de carácter privado enfatizado pela modelação do terreno em volta do edifício, dos arranjos exteriores e da relação privilegiada com a natureza. Esta define a organização interior e exterior do edifício com dois momentos de fruição.
Os espaços exteriores da zona social num patamar superior, desfrutam de uma vivência da herdade mais presente e separados da zona privada que priva exclusivamente da relação com a ambiência de floresta. A divisão dos espaços sociais e privados estabeleceu-se também com o intuito de aproveitarem na sua totalidade a profundidade da nave com a criação de dois níveis distintos.
Na construção privilegiou-se a escolha de materiais e técnicas que não desvirtuassem a identidade histórica do edifício tanto no interior como no exterior. A estratégia passou pelo aproveitamento e recuperação da estrutura de madeira da cobertura e do pavimento, pela escolha dos materiais e acabamentos dos pavimentos e paredes. A escolha de elementos como as caixilharias, que procuram estabelecer níveis de conforto com eficiência energética, foram também implementados com o intuito de não se evidenciarem como elementos modernos numa edificação deste carácter.
Para garantir a eficiência energética do edifício, tendo em conta a pegada ambiental, optou-se pela escolha de isolamento de cortiça, de base natural e reciclável. A eficiência foi também garantida por soluções modernas de construção e por painéis solares colocados de forma a não se destacarem no volume edificado.
