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Arquitetos: Duo Arquitetos
- Área: 465 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Daniel Mansur, Estudio NY18
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Fabricantes: Bel Lar Casa Contemporânea, Deca, Deck Home, Duratex, GALERIA MURILO CASTRO, GalvaMinas, Lafaete, Líder Interiores, Marmoraria Paraíso, Micheliny Martins, Ozônio Toldos Ombrelones e Persianas, Portinari, Prima Linea, Projet Esquadrias, Segato Pisos, Studio 31 Mobiliário, Tecai, Templuz, Tintas Coral
Descrição enviada pela equipe de projeto. As linhas retas contrastam sutilmente as curvas do Palácio das Mangabeiras, ressaltando o contemporâneo de forma arrojada e jovial. A proposta era criar um ambiente que dialogasse com o todo, expressando por uma solução contemporânea a memória modernista e trazendo elegância a partir da forma, dos materiais e das texturas. Era criar um ambiente que falasse por si só, receptivo às mais diversas interpretações.
A área externa, surgindo entre Palácio e fonte, tem capacidade para 45 pessoas e se traduz como ponto de encontro, experiência sensorial, que se reafirma com o vislumbre da Serra do Curral e com o paisagismo assinado por Droysen Tomich ao conectar coesa e harmoniosamente o entorno.
O cobogó em blocos de adobe resgata o conceito de uma técnica milenar e presente em muitos casarios de nossas cidades históricas. Além de trazer harmonia estética ao projeto, o adobe corresponde a uma importante contribuição para a economia energética e a redução da poluição, por ser um material totalmente sustentável. No projeto, sua utilização se estende para além da vedação, também servindo como adega e permitindo que os vinhos sejam condicionados em seus vazios e mantenham-se em temperatura mais baixa. Sua proposição foi impulsionada pelas discussões atuais sobre arquitetura, que tanto defendem construções limpas e com menor impacto ambiental. Surgiu então a ideia de revisitar essa técnica que, além de se tratar do material mais sustentável do mundo, tem se transformado em uma tendência contemporânea.
O café é marcado pela horizontalidade e explora os materiais de maneira a trabalhar as texturas que a terra, a madeira e o aço podem trazer à tona. A vedação reforça os planos horizontais propostos, estendendo-se para além do bloco, ao mesmo tempo em que dialoga com o paisagismo. Uma viga metálica surge da bancada e se estende ao jardim, entre as palmeiras existentes, servindo como apoio. O mobiliário se dispõe de maneira a trazer conforto e possibilidades de apropriação diversificadas. O lavabo busca trazer sofisticação e aconchego aliados à uma relação sensorial emergente das texturas. Foi pensado em cores neutras, formato retangular e remetendo à uma caixa de madeira que cria diálogo com o mobiliário fixo.
A implantação também é definida pela fonte, projetada no plano original de Burle Marx, gerando um pátio central que integra os ambientes. Todo o entorno foi pensado de forma a manter uma conexão importante com a arquitetura, em termos de unidade, movimento e simetria. A fonte converge para o projeto e o projeto para a fonte, em uma ligação fluida entre os espaços.