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Arquitetos: Studio Pacific Architecture
- Área: 5300 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Jason Mann Photography
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Fabricantes: AGC Lighting, Adobe, Archicad, Architectural Roof and Façade Innovations Ltd (ARFI), Autex Industries, Autex PSL Alement, Cooper Webley, GRAPHISOFT, Godfrey Hirst, Horizon International Paving, Hush Panel, McNeel, Nelson Pine Industries ltd, Pacific Doors, Porcelanosa Grupo, Roof Logic, Santa & Cole, Signwise, Streetscape NZ, Thermosash, +1
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado na cidade de Nelson, na Nova Zelândia, o novo terminal do Aeroporto de Nelson foi construído em madeira, com vistas para a pista de pouso e para a paisagem deslumbrante da Baía da Tasmânia, com suas formações montanhosas. A necessidade de um novo terminal surgiu por conta de o antigo terminal, de 1975, não atender mais aos requisitos do código de construção local e também por não comportar mais, de maneira eficiente, o crescente número de viajantes que passam por Nelson.
A proposta era projetar um aeroporto que, além de eficiente, fosse um investimento seguro e viável. Era desejável, também, que o terminal refletisse as características de sua localização, conectando o interior do edifício com seu entorno. Duas diretrizes foram escolhidas para cumprir a demanda de um projeto ambientalmente sustentável: a ventilação natural e uso de uma estrutura maciça de madeira aliada a uma solução estrutural resistente a abalos sísmicos.
O uso desses princípios permite que o Aeroporto de Nelson se destaque e crie um modelo sustentável para outros terminais de aeroporto. O edifício adota uma abordagem simples, mas sofisticada, que garante a ventilação natural das principais áreas do terminal. A planta do edifício e a forma de sua cobertura são desenhadas para maximizar o fluxo de ar e utilizar das correntes de convecção para levar o ar quente até aberturas mais altas. As janelas mais baixas trazem ar fresco para o interior do edifício e o telhado, meticulosamente projetado para isso, divide-se no centro do edifício criando aberturas que aproveitam a luz solar e permitem dissipação do ar quente.
Na fachada norte, a cobertura em zigue-zague tem vários benefícios; atua como dissipadora do ar quente proveniente das janelas inferiores por efeito chaminé, ao mesmo tempo que protege o interior do edifício da luz solar direta e reduz a área envidraçada desta fachada. Em contraste com a simplicidade da planta e da fachada, a cobertura é bastante complexa e chamativa; desdobrando-se ao longo do comprimento do edifício em um ritmo que remete às cadeias de montanhas do entorno. Internamente, a estrutura em madeira do telhado traz a sensação de aconchego, através da textura e escala que convidam o usuário a permanecer naquele ambiente.
O uso da madeira como estrutura e partido arquitetônico é parte crucial dos objetivos do projeto - uma resposta direta e concreta ao briefing, que enfatiza a materialidade e sua relevante conexão com as florestas próximas, das quais são a madeira utilizada é provenientes. O a repetição de um módulo de construção abrange uma grande área construída, permitindo um projeto interno mais flexível, com poucas colunas, onde nichos flutuam sob o telhado e abrigam as demandas operacionais, as lojas e a praça de alimentação.
A paleta de materiais é simples. Reduzida com o objetivo de destacar a estrutura e criar um pano de fundo relaxante para os espaços internos. Como um dos principais pontos de chegada na região de Nelson, o edifício expressa em sua forma e materialidade a essência do lugar. Assim, a construção do terminal é única e diferenciada dos aeroportos pasteurizados do mundo através de suas características regionais.