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Arquitetos: DJarquitectura
- Área: 570 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Jesus Granada, Nicolás Díaz
Descrição enviada pela equipe de projeto. O curso de Belas Artes é uma das últimas adições aos estudos da Universidade de Málaga, e começou em 2010, em plena decadência econômica no coração da crise financeira do sistema do euro, o que levou a Universidade a ajustar seus recursos para poder colocar o novo curso em operação. Neste contexto, decidiu-se ocupar os antigos edifícios da escola de Engenharia Industrial no Campus El Ejido, compostos por três volumes díspares construídos em épocas diferentes devido ao crescimento e melhoria das instalações universitárias.
Esta estrutura de edifícios anexados, de traçado livre e autônomo, tem gerado uma organização de pátios e vazios que, ao longo do tempo foram ocupados por coberturas e infraestruturas que, na sua maioria, se encontram em desuso devido à sua obsolescência. Uma aparência semelhante às paisagens suburbanas de uma grande cidade. Em contraposição a essa imagem decadente, há o uso intenso por parte dos alunos que, devido ao aspecto underground, foram ensinados com inspiração e criatividade.
Diante desta situação, a comissão por parte do reitor de Belas Artes e da Universidade é composta por: eliminação de estruturas existentes obsoletas e reforma das instalações condicionando e melhorando os pátios para o uso adequado dos alunos e construindo um local de referência para atos e apresentações artísticas, tudo isso sem perder a idiossincrasia dos vazios como lugar para a criatividade. A estes requisitos acrescentamos inevitavelmente que a proposta deve costurar a ligação entre os diferentes edifícios, facilitando a sua relação, acessibilidade e evacuação.
A proposta muda completamente a imagem atual dos pátios, revelando esses lugares e transformando-os no hall da faculdade, ao mesmo tempo em que constrói um espaço referencial no amálgama de edificações. Aproveitar esta área como uma oportunidade de ordenar o todo, trabalhando com a mesma lógica de agregação que tem sido feita até agora, com novas arquiteturas, linguagens e materialidade marca esse conjunto heterogêneo. Esta primeira fase do projeto pode ser sintetizada em duas ações claras, que chamamos de praça e esplanada dobrável. Duas ordens subordinadas que buscam se descontextualizar do local inóspito.