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Arquitetos: Foster + Partners
- Área: 9689 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Nigel Young, Philippe Chancel, Philippe Chancel
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Fabricantes: Goppion
Descrição enviada pela equipe de projeto. Narbo Via - um novo museu de antiguidades romanas em Narbona - foi oficialmente inaugurado após uma cerimônia com a presença do conseil de la Region Carole Delga. O edifício, projetado por Foster + Partners, está definido para se tornar um novo marco na entrada da cidade, em um local adjacente ao Canal de la Robine.
Elevado no topo de uma base, o museu oferece uma sensação de monumentalidade cívica e arquitetônica contida na entrada da cidade. O edifício incorpora galerias para exposições permanentes e temporárias, centro de educação multimídia, auditório, restaurante e livraria, além de instalações de pesquisa, restauração e armazenamento. Externamente, estão os jardins e um anfiteatro para apresentações ao ar livre.
A peça central do museu é uma ‘Parede Lapidária’, que forma um limite natural no coração do museu, separando as galerias públicas dos espaços de restauração mais privativos. Os visitantes podem vislumbrar o trabalho dos arqueólogos e pesquisadores por meio de seu mosaico de pedra e luz. A estrutura de exibição flexível permite que os espaços sejam facilmente reconfigurados e usados como uma ferramenta ativa de aprendizagem.
Os espaços do museu são unificados sob uma cobertura de concreto, que fornece massa térmica e contribui para uma estratégia ambiental abrangente. A cobertura é elevada acima das aberturas altas, pontuadas como poços de luz, e se estende para fornecer um abrigo sobre as passarelas ao redor do museu. Como parte de sua agenda ambiental sustentável, inspirada na tecnologia romana, a maioria dos serviços do edifício está contida em um vazio subterrâneo. O ar frio é expelido em um nível baixo e em baixa velocidade, permitindo que um menor volume de ar seja condicionado, mantendo um ambiente confortável. Os grandes volumes espaciais formados pelos tetos altos criam um efeito de volante térmico que empurra naturalmente o ar quente para cima, de onde é exaurido.
A arquitetura é apresentada com uma abordagem honesta dos materiais que se estende à expressão das paredes de concreto colorido. Camadas de concreto misturado a seco foram compactadas no local, a estratificação resultante traz à mente não apenas a natureza arqueológica do museu, mas também a aparência inerente do concreto romano. A resposta estrutural também segue uma abordagem semelhante que é sustentada pela simplicidade. As paredes são sólidas, isoladas termicamente e resistentes. Elas sustentam o telhado com vigas em "T" duplo de concreto armado que se estendem sobre uma grade de vigas também em concreto. A vidraça ao redor do espaço é simplesmente aparafusada diretamente nas paredes de concreto.
O paisagismo reforça a conexão com o canal para criar um ambiente natural tranquilo. Inspirado nos jardins franceses e no pátio romano, o terreno do museu apresenta um anfiteatro para exibições ao ar livre e eventos. O projeto prevê uma entrada paisagística acolhedora por meio de uma nova rampa que liga o museu ao caminho existente ao longo do Canal de la Robine. Isso criará uma conexão importante dos pedestres com o centro da cidade, que agora estará a apenas uma curta caminhada do museu.