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Arquitetos: co.rp arquitectos
- Área: 80 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Guilherme Blasco Augusto
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Fabricantes: Estilos Rústicos, HJ Mobiliário, MACIÇA, Sanitana
Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa surge no coração da aldeia de chancelaria - outrora um epicentro de azáfama diária, é agora atordoada pelo silêncio das terras do Alentejo e a inquietação das andorinhas que se alojam na igreja. Os tempos mudam mas a memória permanece nas características intrínsecas daquela vida humilde.
O projeto nasce da intenção de reparar e consolidar as sobreposições e os fragmentos que foram surgindo na vida desta casa. Trata-se, portanto, da união de uma edificação tão antiga como a aldeia e um segundo volume construído na década de 50. Afastados um do outro para que as pessoas pudessem passar e se juntar no vazio resultante.
O espaço onde outrora ecoavam as vozes da gente da terra, é agora não mais que um vazio ensurdecedor entre dois volumes que se pretende colmatado de forma a garantir as condições de conforto e de vivência para a família que agora habita a casa. E é mesmo esse vazio que se torna no coração da casa, com o papel de conectar a zona social e privada da mesma e colmatar a diferença de cotas. O espaço pretende-se consolidado e desenvolve-se em torno do pátio criado que serve de rótula entre espaços e é instrumento de incidência solar em todos eles. Trata-se assim do elemento múltiplo do projeto. No sentido em que, com a criação do mesmo permite responder a diversas questões necessárias à qualidade dos espaços circundantes – uma única intenção. É por isso o catalisador da intervenção e um agregador atmosférico de todos os espaços.
O chão, tecido que une os fragmentos, é de tijoleira, como se da antiga terra destes campos se tratasse. Os materiais são humildes como é a vida no campo. E juntos criam a harmonia e a síntese de viver o Alentejo.
