Descrição enviada pela equipe de projeto. A pedra marcou o ponto de partida. Por estarem em solo vulcânico, as montanhas de pedra são cobertas apenas por uma leve camada de argila e terra que sustenta a vegetação. As plantas são curtas e sazonais; verdes vibrantes durante cinco meses de chuva e secas no resto do ano. A paisagem é transformada, assim como a arquitetura. É construída a partir de um pensamento de transformação da paisagem, obtendo do terreno os recursos para construir espaços habitáveis.
Esta casa procurou assim aproveitar os recursos do sitio; as paredes de pedra obtida da escavação, as abóbadas de tijolo vermelho, e os aplanados de argila e cal, em que o concreto participa ligeiramente no reforço da estrutura e o aço na contenção do vidro das portas e janelas. Na procura de construir um espaço desvinculado das redes hidráulica e sanitária, a chuva passa a ser o recurso fundamental, que, quando captada através das abóbadas, pode dar água ao sistema de irrigação e à cozinha. O banheiro é seco.
Esta casa provavelmente significa uma redução mínima do impacto ecológico em relação ao que geramos como humanidade neste planeta, porém, o exercício Rancho Tehuán traz consigo muito aprendizado (que esperamos que seja transmitido com essas imagens), no caminho de imaginar novas arquiteturas para um futuro que clama por um retorno à origem.