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Arquitetos: Diego Alcântara, Studio A108 Arquitetura
- Área: 155 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Mak Cezar
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Fabricantes: Deca, Delta, Gerdau, Real Ladrilhos, Tigre, Welmix
Descrição enviada pela equipe de projeto. O primeiro pedido dos proprietários ao contratar o arquiteto foi "eu quero um lar”. Essa palavra “lar” foi muito significativa, pois não foi pedida uma casa comum ou com uma arquitetura contemporânea. Simplesmente queriam ser felizes ali, e não tem melhor desafio do que proporcionar felicidade e bem estar para os clientes através da arquitetura. Contudo esse não foi o único desafio. Além do baixo orçamento, a casa não deveria ter mais que 150m² em um terreno de 12x24 m com declive de 3 m, e ainda, proporcionar segurança e espaço para os filhos do casal poderem brincar a vontade.
O conceito resume-se em 4 blocos de tijolos com cobertura de jardim, cada um com um ambiente funcional e representados por um elemento da natureza, fogo, água, terra, ar e éter. Uma passarela sobre um espelho d'água liga o quarto do casal com o das crianças, trazendo humidade nos dias secos, recorrentes na região, e refrescando os ambientes nos dias quentes. Uma laje em concreto xilogravado se apoia sobre os 4 blocos e ao mesmo tempo liga-os, criando o ambiente central de convívio da família.
Assim, com um certo romantismo, chegamos ao modelo final. O uso do concreto e tijolos aparentes, proporcionam uma nostalgia do período em que os proprietários estudaram na Universidade de Ahmedabad, India (projetada pelo arquiteto modernista Louis Kahn). Também há referências da infância vivida no interior, das casas simples com paredes de adobe e piso de cimento queimado, do paisagismo livre como na casa dos avós, com árvores frutíferas, samambaias, babosa, ervas aromáticas e bananeiras.
O misticismo e a fé do casal proporcionou utilizar de técnicas arquitetônicas milenares indianas como o Vastu-shastra, orientando os ambientes conforme os pontos cardeais para proporcionar equilíbrio e boas energias.
Paixão é o sobrenome dos proprietários da casa. No entanto, poderia muito bem representar a paixão que o arquiteto dedicou a esse projeto, ao acompanhar toda a obra finalizando pessoalmente cada detalhe. Ou a paixão ao desafio, aos materiais escolhidos, a paixão pela cidade, ou simplesmente pode representar aquele sentimento dos que entram na casa pela primeira vez. Logo, ficaram todos apaixonados pelo resultado.
