-
Arquitetos: Virkkunen & Co Architects
- Área: 965 m²
- Ano: 2020
-
Fotografias:Max Plunger, Tuomas Kivinen, Tomi Parkkonen
-
Fabricantes: Petersen Tegl
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto se trata de uma de subestação de energia elétrica com cinco torres e terminais de distribuição na cidade de Imatra, no leste da Finlândia. O projeto se estende por dois afluentes do rio Vuoksi, na paisagem das corredeiras Imatrankoski, local com muita importância cultural. Na década de 1920, essas corredeiras foram usadas para alimentar a usina hidrelétrica de Imatra. Hoje, esse fato faz com que o lugar tenha um valor histórico significativo, pois representa o início da principal rede elétrica finlandesa. Essa importância histórica da área foi o motivo pelo qual nosso cliente fazia questão que a nova subestação fosse excepcional.
A característica mais marcante das antigas fachadas das antigas usinas hidrelétricas era o ritmo dado pelas suas aberturas e paredes em tijolo aparente. O projeto da nova subestação procurou preservar esse ritmo nas fachas e aberturas. O antigo comutador da subestação, terminado em 1929, estava chegando ao fim de seu ciclo de vida e foi substituído por um comutador com isolamento a gás que passou a ser abrigado em um novo anexo da subestação.
Novas estruturas substituíram antigas torres em treliça na parte leste e oeste da nova subestação. Além da localização das novas linhas de transmissão, a escala e a a posição dos antigos edifícios das usinas hidrelétricas determinaram o posicionamento e o layout do projeto. O piso inferior da subestação foi enterrado para que a nova construção tivesse uma altura próxima a da antiga usina. O projeto das novas estruturas de transmissão também busca o equilíbrio com a paisagem natural e urbana. Para tanto, com exceção de uma, todas as torres são mais baixas que as árvores do entorno.
O novo prédio da subestação tem estrutura de concreto e fachadas duplas. A camada mais externa da fachada consiste em tijolos feitos à mão assentados em ziguezague, remetendo aos perfis triangulares de aço presentes nas novas torres e terminais. A camada interna da fachada dupla consiste em paredes de concreto fabricadas in loco cortadas cortada por uma janela em fita localizada atrás da trama de tijolos.
No interior do edifício, a casa de máquinas e a entrada recebem luz natural através de janelas altas pelas quais se vê a trama de tijolos da fachada. O interior se forma pela lógica estrutural, detalhes construtivos e pela materialidade das peças de concreto aparentes. O projeto apresenta três tipos de estruturas de transmissão: uma torre alta com cruzetas dispostas verticalmente, dois postes baixos com cruzetas na horizontal e dois terminais que conectam linhas aéreas a cabos subterrâneos.
As estruturas é formada pela repetição perfis triangulares pré-fabricados em aço. Os blocos da Subestação de Eletricidade Imatra estão distribuídos por uma grande área fazendo com que o principal desafio do projeto fosse amarrar essas partes para que o conjunto delas fosse coerente. O produto final rompe com paradigmas e cria uma nova forma. A linguagem do projeto fornece uma nova identidade sem deixar de considerar o contexto em que se insere.