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Arquitetos: Lara Maeseele, Tanner Architects
- Área: 131 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Adam Gibson
Descrição enviada pela equipe de projeto. Com vista para o Canal D'Entrecasteaux, a Killora Bay é uma casa de férias sazonal projetada para uma jovem família e seus amigos. A implantação e o desenho da casa são fortemente condicionadas por seu delicado contexto ambiental. Ocupado por uma densa copa de Gengivas Brancas da Tasmânia e outras espécies, o local é um santuário para o Forty Spotted Pardalote. Essa condição implicou em uma planta que limita a projeção do edifício a um local pré-determinado e uma "pegada" de 18m de diâmetro na margem sul do terreno - que faz limite com a estrada aos fundos.
Estas condições consolidam a resposta do projeto, resultando em um edifício "no entorno". Pontualmente, os volumes e suas aberturas servem para destacar certas relações internas, e modos de ocupação sazonal dentro do terreno mais amplo.
A chegada na casa se dá por uma descida, através da floresta densa e da vegetação rasteira. A casa aparece através de vislumbres fragmentados, como uma forma monumental e elementar construída. O exterior é durável e detalhado, revestido de cinzas de origem local resistente ao fogo de arbustos, com manchas escuras, além de vidros instalados diretamente na fachada - refletindo a floresta ao redor. A paleta externa também serve para criar uma silhueta da casa dentro de seu contexto florestal.
A casa é projetada para acomodar várias famílias ao mesmo tempo, em alas separadas e em vários modos de ocupação dentro de quartos individuais. A planta é inserida centralmente, e organizada por um generoso foyer no centro, que divide o interior em pavilhões separados. Este foyer serve como uma varanda generosa, para lidar com casacos, sapatos, pranchas de surf e areia, e fornece espaço de lazer coberto adicional. O revestimento externo continua como um forro nesta área de entrada, escondendo elementos de marcenaria dentro da espessura das paredes e facilitando a transição entre interior e exterior.
A área de estar principal é acessada diretamente da entrada e é orientada junto a encosta, em direção norte. As áreas internas e externas da cozinha estão posicionadas para reorientar a vista em direção ao noroeste, através da floresta, atravessando a baía de Killora. O espaço interno é mobiliado por uma série de elementos de madeira, que contemplam uma lareira de madeira, e bancos profundos, permitindo modos mais íntimos de ocupação da margem da planta - e emoldurando vistas específicas. Estas "salas dentro de salas" são lugares para leitura, prospecção, jogos e conversas, mas também ativam uma série de adjacências entre o interior e o exterior, que são ainda mais acentuadas por sutis deslocamentos no plano do piso.
Os dormitórios estão localizados na orientação oeste e leste. Estas faces da casa administram a privacidade e a ventilação através de uma série de persianas e aberturas zenitais. Dentro dos banheiros, estas janelas no teto enquadram toda a extensão da sala, criando um teto a partir da copa das árvores, e permitindo que a luz solar direta e difusa ilumine o espaço. Esta estratégia é utilizada nos quartos, com clarabóias cuidadosamente posicionadas acima das camas - permitindo entrada de luz matinal para os cantos do quarto, e uma vista para dormir sob céus estrelados.
