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Arquitetos: Heatherwick Studio
- Área: 315987 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:StudioSZ Photo, Qingyan Zhu
Descrição enviada pela equipe de projeto. 1.000 Trees é um empreendimento de uso misto projetado para emergir como um par de montanhas cobertas por vegetação na orla em Shanghai. A primeira fase a ser concluída – a metade leste do terreno – contém lojas, cafés, restaurantes, novos espaços públicos e passeios, e integra um parque existente e uma estrutura patrimonial.
O terreno de 60 mil metros quadrados está localizado em uma curva em Suzhou Creek, delimitado pelo rio ao norte, pelo distrito de arte M50 ao sul e por uma área residencial ao leste. O Heatherwick Studio explorou como esse antigo espaço industrial abandonado e inacessível poderia ser aberto para a cidade. Em vez de uma torre e base típicas, a equipe procurou maneiras para fazer com que a paisagem flua pelo terreno criando um novo tipo de topografia urbana onde a paisagem é elevada formando o volume dos edifícios.
A solução foi utilizar uma faixa de terra, de propriedade do governo, que divide os dois lotes. Esta divisão define um vale natural entre duas montanhas. Para estabelecer o gradiente das encostas, os níveis recuam à medida que os prédios sobem, criando terraços em cada andar – incomum para um shopping, quase todas as unidades têm sua própria área externa e vista panorâmica. As trilhas são tecidas em torno dos terraços inferiores e os edifícios podem ser acessados por pedestres desde todos os lados. Para se conectar ainda mais com o distrito M50 e sua cultura de arte urbana, toda a fachada sul é cortada para fornecer uma tela para a vasta coleção de arte urbana de artistas locais e internacionais.
O 1000 Trees está localizado no bairro residencial de Putuo, no noroeste de Shanghai, que abriga mais de 1,2 milhão de pessoas, e a área comercial está planejada como uma adição útil a esse bairro, com uma mistura de lojas cotidianas e destinos para visitantes. O edifício é baseado em uma malha flexível de nove metros, que é rotacionada para permitir vistas panorâmicas do rio a partir dos terraços. Esses elementos cúbicos são imaginados como ‘pixels’, que rompem visualmente a escala dos edifícios e interrompem a repetição da parede de torres ao redor. No cume, um átrio de vidro atrai a luz para o coração dos níveis de varejo. Externamente, os átrios são expressos como falésias na face da montanha; visível, a estrutura de aço pintada de vermelho e amarelo sugere que os artistas também trabalharam no interior.
A montanha em terraços é sustentada por um exoesqueleto de colunas. Em vez de ocultar pilares por trás da fachada, eles se revelam para liberar o espaço interno e destacar os meios estruturais para elevar uma paisagem, árvore por árvore. É como se brotos verdes saíssem pelo prédio para florescer no horizonte – o topo de cada coluna se estende em um amplo canteiro, aproximando a natureza de cada nível e de cada terraço.
As floreiras contêm uma mistura biodiversa de arbustos, plantas suspensas e árvores de folha caduca, frutíferas e floridas, de modo que, como uma encosta de montanha, sua aparência muda com as estações do ano. Quando todas as fases forem concluídas, haverá mais de 1.000 árvores e mais de 200.000 plantas individuais, incluindo arbustos menores, gramíneas, plantas perenes, flores e trepadeiras.
Essa abordagem de plantio é selvagem e naturalista para minimizar a necessidade de poda e manutenção e para incentivar a biodiversidade e as mudanças naturais. Todas as árvores são de origem local, com espécies cuidadosamente selecionadas e, por meio de uma análise cuidadosa, a equipe de projeto identificou 27 condições únicas nas floreiras que formaram a base para a seleção de espécies que prosperariam.
