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Arquitetos: Takahiro Endo Architects Office
- Área: 106 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Yasuhiro Nakayama
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Fabricantes: ENDO Lighting Corporation, IG KOGYO, LIXIL , Lilycolor, Tokyo-Koei
Descrição enviada pela equipe de projeto. A sociabilidade da casa aberta à comunidade local. O projeto está localizado na montanha em Kitakamakura área residencial antiga e muito tranquila. Nesse bairro podem ser vistas muitas janelas com cortinas e persianas fechadas, quase parecendo como um gesto silencioso dos moradores que se recusam a socializar com a comunidade local.
Essas casas “fechadas” tornavam a área isolada e menos animada. Então, procuramos uma maneira a longo prazo de ativar e iluminar a comunidade local construindo uma nova casa. Quanto ao detalhe, colocamos o espaço na parte externa para atividades diárias como comer, descansar, ler e trabalhar. Chamamos o espaço externo de “lugar para todos”. Este espaço está estruturado de acordo com as linhas de fluxo das pessoas do primeiro para o segundo andar.
Em contraste com o espaço exterior, há um “lugar para si” no interior, com o quarto e o banheiro. Na parte mais interna, é possível entrar em um “pátio de luz”. O pequeno jardim ventila e ilumina o “lugar para si” mas também conecta o “eu” com os lugares de “todos”. Essa conexão traz amplitude e conforto para a casa.
O “lugar para todos” é uma zona de amortecimento para o exterior, onde é possível ver o que os moradores estão fazendo (estudando, trabalhando ou caminhando) e esses movimentos são abertos à comunidade local. O próprio movimento “aberto” é a fachada que pode, aos poucos, construir uma relação entre a arquitetura e a comunidade." Ver e descobrir", como explicado anteriormente, a arquitetura consiste em uma estrutura plana e composição transversal com um telhado inclinado. Os transeuntes podem ver esta arquitetura plana através do “lugar para todos”. Mesmo que eles não estejam familiarizados, eles ainda podem “descobrir” que existem outras caixas brancas dentro do volume.
A casa de madeira é construída por métodos convencionais. Pilares e vigas são expostos. A parede exterior está recuada 105 mm do núcleo estrutural. Separar a estrutura e a parede externa torna o “encontro” da arquitetura mais claro e fácil para além da forma superficial. Ao entrar na casa e olhar em volta, é possível imediatamente “descobrir” a estrutura deste volume, mesmo que não seja familiarizado com a linguagem arquitetônica. “Descobrir” é a origem da curiosidade, surpresa e alegria que satisfazem às pessoas que moram e visitam esta pequena casa feita para uma família de quatro pessoas.
Considerando o orçamento, a área total é de 100 metros quadrados, e o proprietário não solicitou mais do que pedidos gerais. Mesmo que o programa da casa seja básico, o volume ainda pode ser um espaço único que conecta os moradores com a comunidade local, alcançado por uma arquitetura tão intensa como uma reconsideração geral do layout, estrutura ou aberturas. Essa conexão é uma relação frutífera tanto para os moradores quanto para a comunidade. Ao contrário de outras residências gerais, que têm quartos voltados para o lado externo, a casa manterá a relação com a comunidade através do “lugar para todos”, ativando e abrilhantando o bairro. Ao encarar a comunidade local com sinceridade, a arquitetura pode ser honesta e educada.