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Arquitetos: Luis Carbonell
- Área: 200 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Camila Cossio
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Fabricantes: Comex, Helvex
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Chulavista é um projeto residencial situado a aproximadamente 40 km de Avándaro e Valle de Bravo, em um contexto arborizado. Está localizada dentro de Rancho Chipicas, onde a principal atividade é a colheita de produtos orgânicos, entre outros trabalhos de campo.
O projeto é desenvolvido a partir de uma preexistência, uma casa de fim de semana na qual se busca expandir o programa arquitetônico. As premissas do contexto estabelecem as diretrizes para a intervenção. Preservar a localização das árvores predominantes e respeitar a construção anterior através do mínimo de intervenções possíveis. Assim, a extensão fica localizada na extremidade oeste, tomando o pátio lateral e fixando-se ao corpo da casa por meio de pontes e sobreposições volumétricas. Ela se integra à preexistência através do uso da mesma linguagem e dos mesmos materiais da construção original.
As áreas públicas-sociais são mantidas na parte original da casa enquanto as áreas privadas são conectadas através das novas pontes, criando um domínio térreo estendido que é liberado para o novo volume. As circulações cobertas criam a transição gradual para a privacidade, as alturas são reduzidas em sua passagem e liberadas novamente em um ambiente de pé direito duplo que serve como distribuidor dos novos espaços.
No segundo nível, a ligação é feita de outra forma, neste caso a ponte se conecta e é construída em sobreposição à torre de pedra. O uso enquanto área de serviço e área úmida vertical é mantido, e o espaço serve aos ambientes nos dois níveis, e a relação estrutural se torna um elemento chave no equilíbrio entre as duas construções.
A ampliação não só é apoiada, mas também atirantada, distribuindo as forças através do sistema de vigas e lajes para eliminar o elemento intermediário que suporta a carga dentro do espaço. Essa estratégia estabeleceu um térreo livre que é percebido como leve e fluido entre os três níveis escalonados.
No interior, os espaços brincam em sua relação multidimensional. Visualmente conectados uns aos outros, cada um se desdobra dentro de sua própria altura com ambientes, direções e orientações que se adaptam ao programa e às atividades hospedadas.
O piso se transforma em mobiliário e se torna um trampolim para subir de um para outro, dissolvendo os limites entre alvenaria, carpintaria e estrutura. Os espaços também se confundem uns com os outros, a sala sobe até a metade do estúdio e depois até o quarto, até o mirante da primeira varanda e depois se conecta com uma escada externa à cobertura, culminando em uma vista panorâmica de todo o vale onde se encontra esta pequena torre.
O edifício utiliza a verticalidade para contar a história de camadas, ritmos e sequências. Partindo de uma base de pedra maciça e pesada, perfurada por vãos e aberturas que emolduram as vistas como anotações da paisagem, expandindo-se gradualmente até serem absorvidas pelo vasto espectro da vegetação circundante.