Centro de Visitantes Seaside Zigzag / TAO - Trace Architecture Office

Curadoria de 韩双羽 - HAN Shuangyu

Arquitetos: TAO - Trace Architecture Office
Área: 2208 m²
Ano: 2021
Fotografias:Hao Chen

Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado em uma baía de Rongcheng, China, o terreno é cercado por terra em três lados e se abre para o Mar Amarelo ao norte. O governo local desejava construir um equipamento público que oferecesse aos turistas um local para descanso e relaxamento. O volume situa-se, portanto, nas dunas entre a vila e a costa, com o seu lado sul conectado à estrada costeira. O terreno diminui de oeste para leste, formando uma diferença de altura de 4m a 1m.

O volume estende-se e alonga-se na linha da costa e, ao mesmo tempo, parece ser "comprimido" pelo relevo, apresentando uma forma em ziguezague que projeta o olhar para diferentes direções no mar. Ao sul, desenha-se uma série de micro pátios causados devido à mudança de topografia, enriquecendo a hierarquia espacial entre os volumes dispersos e a vastidão do mar.

Visto desde o lado norte, o volume situa-se na praia de forma singela mas poderosa, dialogando com o mar e o horizonte. Com um comprimento horizontal de 160m, a fachada apresenta uma mudança rítmica de densidade e cria um impacto visual marcante, revelando um apelo inesperado em termos de estética e complexidade.

Desde o oeste, o volume "submerge" no solo dissolvendo-se e tornando-se uma extensão da topografia. À medida que o terreno desce de oeste para leste, a edificação se afasta do solo gradualmente.

No ponto mais alto da estrada, a cobertura acessível funciona como uma extensão da calçada, bem como uma plataforma de observação. Superfícies sinuosas esfumaçam os limites e as distâncias como se pudessem se estender ao infinito. Com alturas variadas, a plataforma oferece às pessoas todas as perspectivas para apreciar a paisagem.

O pátio pode ser acessado desde diferentes níveis por meio de caminhos que proporcionam aos visitantes cenários variados com pontos de vista diferentes. Os pátios são compostos pela espécie Pennisetum e pinheiro local, que atuam como uma fronteira natural protegendo a experiência de entrada do ruído da via e do tráfego.

Internamente, os volumes dispersos formam uma série de caminhos que se bifurcam proporcionando às pessoas experiências variadas ao percorrer a edificação. É possível cruzar diretamente o volume para chegar à praia, ou caminhar nas sombras do desconhecido. Na jornada em ziguezague, as pessoas encontram o mar de uma forma única a cada vez.

O concreto aparente foi utilizado como principal material arquitetônico, formando um complexo sólido e pesado. Banheiros, cafeterias, restaurantes e outros programas estão ocultos no seu interior. Os vazios entre os volumes tornam-se espaços públicos semi-exteriores. Do banheiro ao restaurante, o layout da planta é alterado de privado para aberto, e a proporção de sólido e vazio também muda de acordo.

A luz esculpe a forma e expressa as emoções de uma edificação. Neste volume linearmente alongado, é possível sentir sua respiração profunda e rítmica através da hierarquia espacial e das mudanças de luz.

As marcas cinzas na parede do banheiro são, na verdade, erros de construção, mas inesperadamente mostraram outra forma mais vigorosa do concreto, que mantivemos ao final. Dentro do banheiro, a claraboia marca o espaço e os materiais mostram uma textura única que muda com o passar do tempo.

À medida que a noite cai, a luz interior transborda dos vãos entre os volumes, redefinindo a forma - como uma "rocha" silenciosa, apresentando uma atmosfera pura e tranquila.