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Arquitetos: EZ Studio
- Área: 150 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Ali Gorjian
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Fabricantes: Azarchin, KELAR, Kazemi Wokshop, Khorshid Gallery, Moosavizadeh Kashi Paz, Zibasazanesfahan-Majid Tahmasebi
Descrição enviada pela equipe de projeto. As palavras são enraizadas, assim como as árvores. A linha é a raiz e a arquitetura é a linguagem. A árvore é como a criança em ascensão, já a arquitetura é a fronteira da vida. A vida entre o interior e o exterior. Cada elemento é um termo que, quando associado aos demais, configura uma frase no espaço.
A Mid-ridge Villa foi alocada entre um jardim esbelto, mas próspero, no coração da fazenda, para uma família de três pessoas que está sempre recebendo amigos. Uma criança de doze anos, o clímax da história, e seu espírito rebelde, com sua constante disciplina para se tornar uma nadadora profissional e seu desejo ocasional de isolamento e privacidade, foi o centro das atenções de seus pais e, por consequência, dos arquitetos.
A natureza poética da mãe fez do passeio uma necessidade, portanto espaços entre as árvores, além de um fácil acesso a eles foram configurados. Por outro lado, para elevar as questões de privacidade nas áreas íntimas devido às suas exigências, a piscina se tornou a principal lacuna entre as áreas sociais e privativas.
As árvores frutíferas no jardim, necessárias para manter o respeito ao meio ambiente, foram uma das limitações do projeto, que se tornou uma oportunidade durante o processo de organização da massa entre os espaços vazios das árvores. O arquiteto considerou esses vazios como uma transição da moradia e das atividades cotidianas.
Já a piscina, localizada em um dos cumes do terreno funciona como um divisor de áreas, inserida entre os volumes, o espaço ajuda a manter segura a saúde da criança e enfatiza a privacidade necessária.
Todas essas fronteiras criaram o Mid-Ridge. As lacunas nem sempre interpretam a distância, às vezes elas acrescentam flexibilidade à massa e criam cantos aconchegantes de solidão. Esta característica pode ser observada nos vazios que surgiram na área social da edificação, dividindo consequentemente o setor e configurando mais um local para acomodar os habitantes.
A justaposição dos volumes de tijolos em uma área oculta procura honrar a honestidade dos materiais naturais e destacar a relação entre o ser humano e a natureza ao longo do tempo. A casa foi construída com tijolos ocres que complementam a paleta da paisagem: o céu azul, a vegetação, o solo arenoso amarelo e, por fim, uma casa vermelha.