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Arquitetos: Avignon Architecte
- Área: 6115 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Sylvain Bonniol
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Fabricantes: ALUMINUM JOINERY, CF TREATMENT, COVER - WATERPROOFING, Cladding, DECONSTRUCTION - ASBESTOS REMOVAL - LEAD REMOVAL, DRYWALLS – LINING – PLASTERBOARD CEILINGS, ELECTRICITY, FOUNDATIONS – MAJOR WORKS, Heating, ventilation, INTERIOR JOINERY, LIFT, LOCKSMITH, METAL FRAME, PAINTING, Plumbing, RESILIENT FLOORING
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pré-requisito para qualquer projeto é a questão do prazer. O prazer de reinventar um edifício de dimensões atípicas e de lhe conferir uma nova história. Este edifício totêmico nos faz passar da salvaguarda de uma memória coletiva de um passado industrial para outra forma de memória, agora digital.
Desejava-se um edifício que fosse educativo no sentido de que se oferecesse para ser lido e vivenciado em todas as suas dimensões, comprimento, largura, altura, e assim revelar as singularidades arquitetônicas e patrimoniais. Tentou-se evitar uma abordagem reflexiva com um grande átrio central repleto de escritórios, mas sim, investir no vazio como experiência do espaço e reconectar-se com a história industrial deste edifício construído em 1847.
O nome das "máquinas" rapidamente se tornou o elemento fundador do projeto. Todo o resto é apenas declinação programática e materialidade. Depois vêm a rua, os átrios, os espaços compartilhados, as claraboias... Tudo é pensado em estreita relação com o contexto envolvente, o espaço público e os equipamentos. Tentou-se multiplicar os pontos de fuga e as perspectivas visuais.
Trata-se de um "distrito dentro do distrito da criação", uma entidade forte, captando a luz de todos os lados e propondo uma reescrita arquitetônica prospectiva e única nas condições de trabalho encenadas. As matérias-primas utilizadas no interior do hall (aço galvanizado, concreto, chapa perfurada) expressam a tecnicidade necessária ao funcionamento do local, mas numa implementação deslocada. A envolvente exterior do edifício da Tectiva, pelo seu jogo de maquinagem das placas, faz surgir no espectro os vestígios do passado e antecipa o risco sísmico do futuro.
Para completar essa arquitetura narrativa, foi desenhado um móvel específico chamado "Les oubliés de la Halle 6", a partir de uma reinterpretação de um vocabulário chamado industrial. Por fim, o edifício é projetado como um todo. O design gráfico e o projeto são como uma entidade única, com a presença de seus cartões de “memória” integrados à arquitetura.