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Arquitetos: Atelier S.U.P.E.R.B., Chen Tien Chu
- Área: 198 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Studio Millspace
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Fabricantes: Dulux, Rainbow, TAIWANGLASS
Descrição enviada pela equipe de projeto. O atual distrito oeste de Taichung é um popular centro residencial e artístico da cidade. Anteriormente conhecido como o composto MAAG, foi uma das primeiras comunidades estabelecidas para o exército dos EUA. A escala espacial e a malha viária ainda permanecem as mesmas até hoje. À medida que o valor dos terrenos desta área aumenta, os empreendimentos verticias começam a prosperar nas proximidades. Esses conjuntos de duplex com dois andares fazem parte da única área onde a paisagem urbana foi preservada nos últimos 40 anos.
O restaurante Isagi fica em um dos duplex de esquina. Anteriormente usado como estúdio de um artista, o volume existente foi pintado em amarelo e verde claro, incluindo suas paredes externas e espaços internos. À medida que este novo restaurante se torna um dos ocupantes do ciclo de vida deste edifício, não queríamos apagar completamente os vestígios que foram acumulados ao longo do tempo, e evitar apresentar o espaço do restaurante de uma forma totalmente nova. Além disso, buscamos uma conversa harmoniosa entre o novo e o obsoleto. Acreditamos que isso se alinha com a busca do proprietário de criar uma experiência culinária japonesa inovadora e saudável, servindo pratos da escolha do chef.
Em termos de layout de planta baixa, o espaço de serviço do restaurante está oculto na parte posterior de ambos os níveis. Este gesto maximiza a vista para o jardim na área das mesas. O banheiro e as escadas originais foram demolidos. A reconfiguração das novas escadas lineares divide o espaço de forma mais eficiente e permite que o local seja totalmente utilizado. As quatro novas paredes de suporte no térreo não apenas dividem a cozinha, a área de serviço, preparação e as salas de refeição privadas mas, ao mesmo tempo, servem como reforço estrutural para o volume existente.
No pavimento superior, a grande sala privada voltada para o norte pode ser separada em duas pequenas salas privadas, dependendo da ocasião. Quando abertos, os painéis são armazenados no espaço livre acima das escadas, que também exibem as situações internas e expressões externas nas salas privadas. O espaço de jantar voltado para o extremo oeste está configurado para acomodar principalmente três a quatro convidados, com os bancos embutidos em caixas de madeira ligeiramente elevadas. Os conjuntos de caixas são quase como um gazebo, incentivando os convidados a olharem para o jardim.
Ligeiramente ligados à estrutura, os novos caixilhos deste edifício são deliberadamente deslocados das paredes externas. O acabamento metálico contrasta esteticamente com a crueza das paredes em concreto aparente. Numerosos vestígios do passado gravados por diferentes ocupações são mantidos, a fim de estabelecer um equilíbrio entre a preservação da textura histórica e o novo espaço. Chapas de compensado de nível industrial em camadas foram usadas em parte dos forros, mediando uma relação entre a estrutura original e o novo espaço, que induz dedutivamente novas perspectivas entre o presente e o passado. Parte das cercas do jardim funciona como muros de contenção e eleva o nível do solo, nestes canteiros florescem arbustos de camélias. Eles filtram o ruído do trânsito e reforçam a experiência gastronômica tranquila.
Como um espaço preserva sua memória e exibe sua história? Deixe a luz interpretar os traços do tempo, e deixe que o crescimento das plantas e as mudanças das estações alimentem a textura do espaço. Deixe-nos apreciar o sabor e a beleza da comida na mesa de jantar de nogueira e mergulhar no aroma do cipreste de Taiwan.