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Arquitetos: Salty Architects
- Área: 240 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Gidon Levin
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Fabricantes: Erco, Yaakov Almasy
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo espaço da Galeria Gordon em Jerusalém é um passo ousado e a primeira vez que uma galeria baseada em Tel Aviv — uma das mais antigas e bem sucedidas — abre um espaço adicional na capital de Israel. A Galeria Gordon foi estabelecida em Tel Aviv em 1966, por Yeshayahu (Shaya) Yariv. O novo local está localizado na área industrial do Sapir Center, no sudoeste da cidade, uma área que lembra o Kiryat Hamelacha de Tel Aviv, que há muito tempo é um local de peregrinação para os amantes da arte. O local é repleto de grandes edifícios industriais, a maioria deles abrigando pequenas indústrias, mas também vários estúdios de artistas, yeshivas, assim como a filial ultra-ortodoxa da Academia Bezalel Omã, localizada ao lado da nova galeria, no terceiro pavimento do edifício número 3.
Um dos principais desafios ao projetar a Galeria Gordon em Jerusalém foi definir a relação desejada entre a galeria e o espaço circundante. Nas discussões preliminares de planejamento com Amon Yariv, o proprietário da galeria, surgiram dúvidas quanto ao grau de abertura em relação ao espaço nas imediações da galeria. Outras questões trataram da relação entre os trabalhadores e os visitantes do Centro Sapir e a nova galeria.
A galeria tem uma planta retangular com 20 m de comprimento, iluminada por nervuras estreitas. Por este motivo, os escritórios, os depósitos de arte e os banheiros foram localizados no centro da galeria, permitindo assim uma iluminação ideal tanto para as áreas de exposição frontal como posterior. A entrada para a galeria é convidativa, ela não possui um lobby de entrada ou hall, é apenas uma continuação quase direta da circulação pública. A galeria foi projetada para permitir um circuito circular, permitindo a descoberta contínua dos vários espaços a partir de novos ângulos.
A antiga fachada foi retirada e substituída por vidros transparentes, emoldurados em aço com uma cortina semi-transparente. O passeio na galeria é tranquilo, mas não se desprende de seu entorno. A profundidade da circulação impede a entrada de luz solar direta, que ilumina as áreas de exposição frontal com uma luz suave. A galeria e suas exposições exclusivas estão abertas para um amplo corredor que percorre todo o edifício, convidando os transeuntes a entrar. O local tem uma presença distinta na área industrial, iluminado e visível à distância, porém não está separada do Centro Sapir nem é alheia a ele.