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Arquitetos: WCY Regional Studio
- Área: 2093 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Haohao Xu, Sheng Ouyang, Juncheng Meng, Biao Hu
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro de serviço cultural e oficinas especiais da vila de Ruyi, projetado pelo estúdio local liderado por Chunyu Wei, está localizado na cidade de Shuikou, município autônomo de Jianghua Yao. A vila se situava na área de inundação do projeto de expansão do reservatório do rio, mas foi deslocada para uma área cercada por montanhas longitudinais e relativamente plana.
O Centro de serviços culturais e oficinas especiais abriga os escritórios da aldeia, atividades dos aldeões, espaços para leitura, artes, performances culturais, atuando para a promoção cultural e turística, bem como para exposição e venda de produtos especiais. O centro abrange uma área de cerca de 1.835 m², com uma área construída de 2.093 m². O terreno é dividido em três platôs devido à diferença de altura, na ordem de oeste para leste, que abrigam o centro de serviço cultural, o pátio teatro e as oficinas especiais.
O Município autônomo de Jianghua Yao é a sede do condado com a maior concentração de habitantes da etnia Yao no interior de Nanling, conhecida como a "Capital Yao de Shenzhou". Os habitantes Yao da cidade de Shuikou costumavam viver na floresta profunda, conhecida como a "Alta Montanha Yao". Eles acreditam no Rei Pan como seu ancestral. No 16º dia do 10º mês do calendário lunar, um ritual solene é realizado em todo o município, conhecido como o Festival Panwang, ou "Segundo Festival da Primavera". O povo Yao utiliza trajes tradicionais e toca longos tambores e música no Festival e em outros dias festivos para expressar seu entusiasmo através da dança.
A edificação carrega as atividades diárias dos moradores, como recreação e escritórios, além de atividades habituais, como rituais locais e as danças de tambores, o que nos levou a construir intencionalmente um lugar espacial com significado material e espiritual no projeto.
Hall e pátio. O protótipo espacial do átrio faz referência aos salões e pátios das casas antigas e novas da região. Além da vida cotidiana do povo Yao, o hall também abriga funções cerimoniais especiais. O hall, o pátio e o palco do teatro constroem a sequência espacial do "portão - pátio - hall". O projeto visa construir o palco do átrio como um espaço onde o ritual e o cotidiano coexistam, como uma "sensação de céu e terra".
O pátio e a escada são os elementos espaciais mais proeminentes do edifício, configurando um caminho de circulação tridimensional do exterior para o interior do edifício. O pátio, o principal ambiente do edifício, adapta-se ao clima quente e chuvoso do verão, ao mesmo tempo, que amplia a abertura do edifício e a participação do público. Enquanto isso, a escada não apenas carrega a função de circulação vertical, visto que é um elemento espacial e possui uma linguagem gráfica no espaço arquitetônico.
A cobertura plana do edifício serve como uma plataforma de secagem pública para os moradores, um espaço de atividade, e um mirante no edifício. O terraço aberto tem a função de abrir a vista da montanha e do céu, sendo mais puro e aberto em comparação com outros ambientes.
A estratégia adotada no projeto é relativamente simples e pura, isso fez com que o projeto tivesse uma boa aceitação pelos líderes do governo local e pelos aldeões após a sua conclusão. O projetista optou por manter o edifício alinhado com as casas existentes, ou seja, utilizando materiais locais de baixo custo, como tijolos vermelhos, blocos de cimento e concreto, comumente encontrados na região. Enquanto isso, ao extrair alguns dos elementos originais das casas tradicionais locais e traduzi-los, os projetistas tentam construir um tipo diferente de espaço e fazer os habitantes sentirem algum tipo de "familiaridade" quando estiverem no local.