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Arquitetos: ALA.rquitectos
- Área: 1707 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:João Morgado
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Fabricantes: A. Barbosa, Carpin, Celenit, Cimenteira do Louro, Efapel, Navarra, New Terracotta, O/M Light - Osvaldo Matos, Primus Vitória
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Acreditar do Porto consiste num projeto bastante peculiar, com um programa muito específico, para um universo de utilizadores muito especiais. A Casa está pensada para 16 crianças e adolescentes que, durante o período de tratamentos a fazer no IPO do Porto, necessitam de uma Casa para ficarem com os seus familiares. Como tal, o objetivo principal deste projeto foi criar um edifício, um espaço de vivência com o máximo de comodidade, que pudesse ajudar a ultrapassar a saudade, criando um ambiente familiar numa convivência de amizade e solidariedade.
Outra preocupação que prevaleceu nos requisitos do projeto foi a temática da contenção de custos, estamos perante um projeto cujo financiamento total resulta de donativos e de mecenato. Por essa razão delineámos desde uma fase muito inicial uma estratégia que passou pela escolha de materiais e marcas portuguesas que nos permitiram desde muito cedo estabelecer uma relação de envolvimento com projeto por parte de todos os seus intervenientes e que posteriormente veio a resultar numa importante parcela de donativos para a obra. Para além destas questões foi-nos também pedido que tivéssemos em atenção a questão da resistência e da durabilidade dos materiais escolhidos pois os utilizadores deste edifício tem uma grande rotatividade.
Em termos formais a ideia, corresponde a um paralelepípedo, ao qual subtraímos secções, criando vazios que se refletem no terreno como pátios. Pátios que permitem estabelecer uma importante relação interior/ exterior. Estes vazios marcam vários momentos importantes, como é o caso do acesso principal, do pátio das crianças, ou do pátio da entrada.
A organização do programa teve como principal premissa a tipologia dos utilizadores do edifício, ou seja, a definição de áreas específicas para uso exclusivo das famílias e áreas que se destinam aos voluntários. O programa organiza-se em quatro pisos, sendo o acesso principal feito pelo piso térreo. No piso térreo desenvolve-se o programa destinado aos voluntários e aos visitantes que pontualmente podem aceder a determinados espaços. Este piso acolhe também uma sala de reuniões e formação, que pode funcionar de forma independente em relação ao edifício.
A Casa propriamente dita ocupa os pisos superiores. No primeiro piso implantámos o programa de uso comum, as salas de convívio, cozinha, lavandaria, com os respetivos pátios e áreas de arrumos. Nos dois pisos superiores encontram-se os quartos, oito por piso. Sendo o segundo piso destinado às crianças mais pequenas, com uma sala de atividades polivalente e o terceiro e último piso reservado para os jovens, permitindo-lhes assim uma maior autonomia e privacidade, ao estarem mais afastados das zonas de uso comum.