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Arquitetos: André-Jacques Bodin, Héctor Coss Arquitectos, Tomas Janka, Undecorated
- Área: 260 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Rafael Gamo
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Fabricantes: Lutron, Adobe, AutoDesk, Dorma, Mecho Systems
Descrição enviada pela equipe de projeto. A origem do projeto começa em uma cobertura; sob um heliponto; no topo de um dos edifícios mais altos da Cidade do México, em um cruzamento chave de duas das ruas mais movimentadas: Paseo de la Reforma e Avenida Insurgentes. O cliente, também desenvolvedor do próprio arranha-céu, desejava uma sala de reuniões diretamente abaixo do heliponto, já que ele reside fora da Cidade do México e, para evitar longas viagens de transporte terrestre, voa para a cidade de helicóptero para participar de reuniões de negócios.
Curiosamente, a Cidade do México tem o segundo maior número de helicópteros privados do mundo, depois de São Paulo, Brasil. O espaço sob o heliponto foi escolhido por segurança, mas, por outro lado, provou ser um desafio uma vez que tratava-se de um espaço residual entre equipamentos mecânicos. Em um processo de diálogo e compartilhamento de projeto, o espaço foi pensado junto com o cliente, consultores e engenheiros.
O programa incluiu uma sala de reuniões, cozinha de serviço e banheiro. Através de uma análise mais detalhada do local, o espaço se revelou maior do que inicialmente imaginado. Primeiro, foi possível criar uma estrutura em balanço em um dos lados do espaço destinado à construção, desde que ela não excedesse a base do heliponto. Em segundo lugar, a altura livre de 7 metros significava que havia espaço suficiente para um possível primeiro andar. A projeção do segundo andar acabou sendo maior do que a do primeiro, ocupando espaço aéreo acima dos poços de elevador e da infra-estrutura da cobertura. Com essas informações em mãos, havia razões suficientes para pedir ao cliente para ampliar o programa.
Além da sala de reuniões e das instalações solicitadas, o cliente foi encorajado a acrescentar um "programa de tempo livre" entre as reuniões. A proposta era acrescentar uma suíte na cobertura, terraços cobertos ao ar livre e uma galeria utilizando o corredor de circulação do elevador/heliponto até a sala de reuniões/suíte. O cliente aceitou a proposta.
Uma série de iterações foi utilizada para estudar a relação e a organização do programa ampliado. Os estudos consideraram o volume de 7 metros de altura avaliando oportunidades de pé direito duplo e dois andares com a possibilidade de um balanço avançando em relação à fachada do edifício. Com base na viabilidade e nos comentários dos engenheiros e empreiteiros, o desenho empilhado foi finalmente escolhido.
O projeto foi formado, então, pela separação dos vários usos programáticos: sala de reuniões, suíte, circulação e serviços. A sala e a suíte são articuladas como caixas e, com uma nova construção em aço, foram empilhadas uma sobre a outra. A galeria de circulação e os espaços de serviço estão integrados à estrutura do edifício existente com espaços com um pé direito de 7 metros. A sala de reuniões se estende sobre a fachada do edifício, enquanto a suíte se estende sobre a infra-estrutura da cobertura.
O resultado é uma vista panorâmica de 270° da Cidade do México. Os espaços são dimensionados de forma ideal para seu uso, e são organizados e orientados de acordo com o acesso, vistas e oportunidades de terraço. A sala de reuniões tem uma conexão direta com a circulação e a galeria que tem acesso por elevador, além do próprio heliponto. A suíte, que fica acima da sala de reuniões, é acessada por uma escada interna.