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Arquitetos: Pitá Arquitetura
- Área: 9730 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Maurício Moreno
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto é formado por um complexo de 9mil m2 composto de 3 edifícios e uma grande área externa conectando tudo. Uma entrada principal conduz a chegada dos usuários através de uma marquise até o prédio 06, do refeitório, onde se encontra uma grande área de alimentação coberta com iluminação zenital, decks de madeira, sala wellness e apoio pedagógico aos alunos e família. Permeando este edifício um grande jardim de mata atlântica com um espelho d’água que conecta o refeitório ao edifício educacional onde se encontram uma praça central, cafés, biblioteca, laboratórios, ateliês de aula, espaços de auto estudo e suporte ao aluno, auditório, salas de reunião e de coordenadores.
A partir da análise do site e do programa do cliente, a essência do projeto surge do objetivo de refletir toda a pedagogia e metodologia de ensino da nova universidade no espaço construído. A proposta de ensino da Inteli é usar a metodologia ágil, comum no ambiente corporativo principalmente entre empresas de tecnologia, como uma das bases da metodologia de aprendizagem.
Este método de trabalho surgiu no fim década de 90, através do manifesto ágil, no qual frustrados com o estado atual dos métodos de trabalho, buscaram reformular os modelos vigentes, transformando-o em processos mais flexível e simples. O partido arquitetônico então se apropria dos conceitos abordados acima para fazer das “Salas de aula” um manifesto educacional, descontruindo o que é uma sala de aula tradicional para assim refletir a proposta de ensino ágil e inovador.
Os ateliês foram pensados para descentralizar a figura do professor, colocando os alunos também como protagonistas do seu próprio ensino e futuro. Para isso, nenhuma das salas possui 4 lados, em todas as paredes temos espaços para escrever e projetar e eliminar a noção de “frente e fundão”. O professor em cada ateliê tem sua mesa em posição diferente em cada sala, sempre entre as mesas dos alunos, para que a interação seja estimulada de maneira espontânea. O ensino é divido em parte teórica, auto estudo e parte prática.
Os alunos de diferentes cursos nos primeiros anos têm a mesma base de conteúdo enquanto trabalham em grupos de 8 pessoas durantes sprints resolvendo problemas reais para ongs e outras instituições. Dentro dessa dinâmica de aula as mesas trapezoidais foram desenvolvidas de maneira que quando unida oferece 9 lados sendo capaz de resolver as seguintes premissas; Todos os alunos se verem, verem o professor e as paredes de projeção; Mesas que pudessem dar maior espaço útil dentro dos ateliês; Possibilidade de televisores móveis e rebatíveis na ponta para que a comunidade possa criar outros tipos de interações entre grupos, professores e outros lugares do mundo.
A volumetria do projeto interna nasce primeiro do potencial construtivo do edifício, com a possibilidade de aumentar 2 novos andares, mas com um térreo sem iluminação a ideia foi criar vazios na periferia das lajes a fim de que a iluminação natural entrasse em abundância também no pavimento térreo.
Os volumes verticais das paredes e a relação uma hora em uma praça ampla e aberta e hora em um corredor muito próximo a cobertura e estrutura do prédio vem da proposta de criar um ambiente simples e amigável, porém rico em descobertas espaciais, a fim de estimular a plasticidade cerebral e criatividade dos usuários. Eles atuam também como princípio de marcar muito bem e com respeito o que é nova construção e o que é recuperação da edificação existe.