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Arquitetos: Takt Studio
- Área: 164 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Shantanu Starick, Tim Shaw
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Fabricantes: ARC PANEL, James Hardie
Descrição enviada pela equipe de projeto. A renovação deste bangalô de tijolos da década de 50 é, essencialmente, sobre a conexão entre ele e sua localização maravilhosa. No pé da escarpa de Illawarra, ao sul de Sydney, esta casa desfruta de uma vista maravilhosa das falésias e uma vista para o Tasman, ao leste. Uma análise da casa original revelou uma oportunidade de imaginá-la como um refúgio, com sua estrutura de tijolos adequada para abrigar espaços mais fechados e íntimos; enquanto uma nova construção voltada para o norte se conecta ao amplo jardim e abriga as novas áreas de estar. A sustentabilidade é determinante neste projeto, uma vez que a reutilização de edifícios é mais sustentável quanto ao consumo de recursos em comparação com sua demolição.
Após a intervenção, a casa antiga é reaproveitada para servir às funções mais privativas e cria um retiro calmo; enquanto a parte nova, voltada para o norte e mais baixa para se conectar ao jardim, contém as áreas de estar para a vida familiar, bastante iluminadas, com várias vistas e opções de espaços abertos e fechados. Esta sala foi concebida como um limiar entre os espaços fechados dentro da casa original e a paisagem.
O elo entre o antigo e o novo foi tomado como uma oportunidade de eixo formal e de circulação pela casa. Ao entrar, torna-se evidente a ligação entre as falésias e o oceano mais além. Em uma propriedade única que se estende como uma bússola, a circulação formal conecta espaços e desenha a paisagem. A estrutura robusta é composta por duas camadas: madeira e aço; sendo o aço no exterior e a madeira, mais quente, perto do núcleo da casa. Partes que formam o exoesqueleto de aço sustentam o abrigo principal, um telhado expansivo, levantado para se comunicar com a escarpa.
Debaixo disso, fica uma estrutura de madeira mais refinada, envolvendo os espaços internos. Pilares e vigas em grid, espaços que se estendem para acomodar as funções necessárias e marcenaria de portas de madeira recuperada de casas antigas na área local, por sua vez, são provavelmente provenientes diretamente da escarpa. O exoesqueleto de aço desliza por esta caixa de madeira, criando uma condição intermediária para a varanda, camadas de vedação surgem em direção ao mar até o grande deck coberto. A casa existente foi rejuvenescida e ecos do passado permeiam a casa, como o armário curvo do corredor que lembra uma característica semelhante encontrada lá originalmente e madeiras reutilizadas de origem local.
A vida neste lugar agora é mais íntima dos diferentes momentos do dia e das estações. No verão, a brisa fresca do nordeste é canalizada pela casa. Nos feriados, há grandes reuniões familiares que atravessam gerações, fluindo da cozinha através do deck para o jardim. Conversas, jogos e sorvete se espalham pelas escadas da frente. O inverno é aconchegante. Pisos de concreto ensolarados e a lareira transformam a experiência do clima frio abaixo da escarpa. Enquanto a vida familiar raramente é calma e ordenada, agora ela se desenrola em um palco mais adequado e com espaços flexíveis, em sintonia com a paisagem.