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Arquitetos: The Brick Tales
- Área: 225 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Noaidwin Sttudio
Descrição enviada pela equipe de projeto. O pedido do cliente era uma estrutura simples, onde ele pudesse se sentir conectado à natureza, longe da agitação da cidade. Nossas intenção foi usar os materiais de maneira econômica, em sua natureza crua. A casa é construída através de um sistema estrutural misto; com paredes portantes de pedra e uma estrutura externa em aço com telhado borboleta.
Duas paredes de pedra, paralelas e orientadas no sentido leste - oeste, formam o corpo da casa, funcionando como o principal elemento estrutural da casa. Usamos a pedra de Deccan preta, um tipo de pedra de basalto muito dura e facilmente encontrada nas proximidades. É muito difícil dar acabamentos finos em paredes dessa pedra, o que resultou no caráter bruto, irregular e áspero que queríamos nas paredes. A pedra foi usada para dar uma experiência tátil de estar dentro de uma caverna. O uso dessas grossas paredes de pedra de 45 centímetros de espessura também ajuda a manter o interior mais fresco mesmo durante os dias mais quentes do ano.
Em ambas as extremidades dessas paredes, foram colocadas janelas de vidro que dão vistas espetaculares para o nascer e para o pôr do sol. A casa foi colocada na parte frontal do terreno, deixando um espaço para um jardim privativo. No térreo, essas paredes de pedra abrigam os espaços de estar, jantar e cozinha que fluem um para o outro. Uma estrutura metálica leve cruza essa massa de paredes de pedra perpendicularmente. Queríamos ter grandes espaços para que se pudesse sentar confortavelmente ao ar livre. A estrutura de aço é elegante, se mistura com a paisagem e permite que se desfrute de vistas livres para todos os lados.
Esta relação binária entre a pedra bruta e a precisão do metal gera uma experiência muito interessante. À medida que se vai ao primeiro andar, uma estrutura metálica muito leve com uma cobertura de vidro e telhado borboleta flutua sobre as fortes e pesadas paredes de pedra. A estrutura de aço sustenta a cobertura com vidros em todos os lados gera um pavilhão que se sustenta nas paredes de alvenaria. O telhado quase desaparece no céu e oferece vistas para ambos os lados. Isso dá um caráter nômade ao edifício, em contradição com sua forte ligação com solo. Isso também reduz a massa vertical sólida percebida do edifício, que de outra forma o faria parecer mais alto e maior e não respeitaria a escala humana. Assim, a ideia era conseguir uma casa que se mantivesse em contato com o solo e próxima da natureza em termos de escala e não algo muito monumental que dominasse a paisagem.
Os terraços e varandas que saem desta massa sólida proporcionam vistas em diferentes direções para poder proporcionar várias experiências ao ar livre. A forma como se moldou a relação entre o interior e o exterior torna a casa num espaço muito vivo e único. No primeiro andar, divisórias de madeira deslizantes são usadas para fechar o quarto, que pode ser aberto e combinado com a sala para funcionar como um grande espaço de encontro com terraços abertos em ambos os lados. A utilização de materiais naturais confere-lhe um carácter atemporal. Móveis de madeira foram usados para os interiores para tornar a experiência ainda mais forte. Escadas metálicas revestidas de madeira saem em balanço das paredes de pedra. Forros e paredes de concreto aparente formam a linguagem de projeto desta residência bruta.