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Arquitetos: Perkins&Will
- Área: 1300 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Fran Parente
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Fabricantes: Abatex, Desso, F.Way, Fernando Jaeger, First Floor, Frisokar, HitchPen, Innova Marcenaria, Maxdesign, Philipe Fonseca, Sollos, Sulmetais, Tidelli, Vipdoor
Descrição enviada pela equipe de projeto. O estúdio global de arquitetura e design Perkins&Will assina o projeto da nova sede do banco digital GR Bank, localizado no 6º andar do condomínio Corporate, na Avenida Marques de São Vicente, em São Paulo. Com exatos 1.300 m², o escritório traz em suas particularidades não somente a proximidade ao público jovem que os bancos digitais oferecem, mas experiências de bem-estar e de qualidade de vida que podem ser encontradas em diferentes espaços - seja no hall de entrada, com uma imersão institucional, a geração de cultura na praça central ou por meio do piso que sugere um circuito e surpresas ao conhecer o local.
A variação dos espaços ilustra bem a imagem e a inovação pelo qual o banco vem passando, com ambientes leves e a ressignificação de um escritório financeiro e de trabalho, principalmente após o cenário de pandemia. Entre um ambiente e outro, é possível entender o que vem a seguir, a partir de paredes totalmente transparentes nos ambientes, inclusive em salas de reuniões.
Preocupações com a qualidade do ambiente de trabalho, com o âmbito tecnológico e do conforto se fazem muito presentes. Um dos exemplos é a iluminação natural destacando as janelas amplas, além do uso adequado da artificial, seja com luzes mais lineares ou de lead. Outro destaque é o mobiliário confortável e flexível: é possível escolher onde trabalhar, seja nas estações fixas, em mesas mais altas, pufes ou até mesmo nas cabines de isolamento.
Outro destaque é o uso de formas geométricas e espaços instagramáveis, onde se sobressai a instalação de grafite do artista Ciro Schunemann, com seus traços abstratos misturados a contemporaneidade, e que lembram o Beco do Batman. No ambiente, ainda é possível se deparar com as esculturas em gesso de um urso e de um touro que representam a alta e baixa do mercado financeiro, além da porta de um cofre no meio do escritório.
"Fizemos o projeto do GR Bank para uma tribo que se sentia à margem do mercado financeiro, porém, com capacidade de pertencer. Foram levados em consideração o DNA jovem deste coletivo diverso e incluso. Representamos as cores e a arte que materializam uma arquitetura plástica e enérgica. Desde a entrada, as surpresas e as experiências mantêm as pessoas curiosas sobre o que virá depois. Criamos um circuito com pontos instagramáveis, grandes volumes, inserções verdes e espaços de conexão entre as pessoas, com muitos impactos visuais.", conta Carlos Andrigo, Sênior Project Designer responsável pelo projeto.
O conceito de fazer com que o cliente ou colaborador se sinta à vontade no espaço foi um parâmetro muito importante na criação da nova sede: vivenciar as zonas, fazendo locais convidativos – para que as pessoas de fato usufruam de todos os ambientes. A inclusão também foi outro elemento importante na concepção da sede do GR Bank e pode ser encontrada em diversos itens e detalhes como a cadeira Black, do designer Philipe Fonseca, inspirado no corte de cabelo black power, que é considerado um marco no ativismo negro, assim como o design do escritório que traz uma convivência de todos de forma natural e fluida.
“Como um banco inclusivo, trouxemos essa referência ao projeto com itens que não tenham separação; então todo mundo usa tudo. As salas, por exemplo, que tecnicamente seriam totalmente fechadas e com paredes de concreto, aqui não são. Elas são de vidro e somente seguem assim porque algumas funções necessitam e não por alguma proposta hierárquica, mas, caso estejam liberadas do uso, clientes e colaboradores podem usufruir do espaço.”, explica o arquiteto Fernando Vidal, Diretor do estúdio da Perkins&Will em São Paulo e líder do projeto.
O auditório é flexível quanto a uso e disposição, e também tem papel importante na vivacidade do local. Nele reuniões e treinamentos serão realizados, mas após o horário comercial, o ambiente será usado para o aprendizado, para a colaboração e cocriação. Esse mesmo espaço, assim como boa parte dos demais, é passível de ser integrado com o foyer e a recepção; outro exemplo é o local de descompressão, que é integrado com a cafetaria e a praça de convivência.
As sensações a partir das texturas e cores também são elementos importantes no projeto. Foram usados: o vinílico granulado, o carpete e o metálico, volumetrias verticais e horizontais, seja com grade, com ou sem forro, o uso de revestimentos metálicos remete a tecnologia e faz a referência a um banco digital e as mensagens subliminares com as cores. “O amarelo mais atuante na parte do operacional simboliza as conquistas, o ouro e o dinheiro. Já o verde nas laterais do escritório traz uma relação com a biofilia e o bem-estar. Por fim, o laranja do banco, cor predominante e que aparece logo no hall de entrada - local que ainda conta com um painel de led enorme, trazendo informações institucionais, cheios de música, de movimentos e vibrante, assim como o GR Bank é.”, complementa Vidal.
“As mudanças de comportamento profissional e dos hábitos pessoais foram grandes motivadores do projeto do novo escritório. Estamos apostando em uma configuração diferenciada, que permita aos nossos colaboradores e clientes sentirem-se acolhidos como se estivessem em suas casas, em ambientes integrados, flexíveis e modernos”, explica Mateus Davi, CEO do Grupo GR Discovery, do qual a startup GR Bank faz parte. Além de comandar as empresas, o banqueiro opera no mercado financeiro há mais de 20 anos e é membro da Bolsa de Valores de Chicago.