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Arquitetos: Tianjin HHDesign
- Área: 48050 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Arch-Exist, Gang Wei, Kaiwei Fu
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto está localizado em um terreno triangular no bairro de Xinluo, na cidade de Longyan, China, com vista agradável de um córrego ao sudoeste. Ao longo da Liannan Road ao norte e da Donghuan Road ao leste, áreas residenciais de baixa qualidade e arranha-céus complementam a paisagem. O Centro Cultural se estende da Liannan Road, onde o Edifício 1 está localizado, destinado ao treinamento de habilidades profissionais, incluindo um hall para os funcionários, várias salas de exposições e escritório geral do sindicato, até a Donghuan Road, onde o Edifício 2 abriga as atividades culturais e esportivas equipadas com área A (quadra de basquete coberta, quadra de tênis de mesa, sala de ginástica para ioga) e área B (cinema e sala de conferências). Os dois edifícios estão dispostos em forma de "L", criando uma praça cultural dos trabalhadores integrada ao Dongshan Wetland Park.
Arquitetura adaptada ao clima. Longyan tem um clima subtropical típico das monções marítimas. Longas horas de sol, ar quente e úmido e meses de chuvas contínuas durante a temporada anual de tufões são as principais características climáticas da cidade. Para resolver o problema de ventilação, sombreamento, proteção contra chuva e drenagem, foi criado um projeto “passivo” melhorando a qualidade e o conforto do edifício. O pátio e o espaço superior no Edifício 1 trazem o vento frio e afastam o calor. Os elementos de concreto pré-moldado na varanda sul fornecem sombra à tarde enquanto deixam entrar a luz do sol da manhã. No Edifício 2, volumes em diferentes escalas se estendem no lado leste do terreno, interligados por dois corredores em diferentes níveis. Andando pelos corredores, os usuários chegarão a diferentes andares e, eventualmente, ao jardim na cobertura. Mais do que apenas um espaço de tráfego, o corredor é um espaço semi-externo que abriga do sol e da chuva.
Diminuindo a massa edificada. A grande quantidade de espaços elevados no térreo proporciona uma interface urbana mais leve e transparente. Eles criam um caminho entre a cidade e o Wetland Park e abrem espaço para os usuários se apropriarem. A parte superior do edifício foi “esculpida” de um volume intacto e esses terraços desempenham papéis diferentes: um espaço de socialização; extensão das funções interiores e áreas verdes características. Terraços e espaço aéreo são interligados por vários caminhos de acordo com a função e a demanda de interesse.
Fabricação manual e 'low-tech'. “O tijolo de xisto é o principal material do Centro Cultural, mas o edifício também é intercalado com as marcas das fôrmas de pinus altamente maleáveis. A combinação de concreto horizontal e parede de tijolo vertical é moldada a partir de um design orientado à lógica. O artesanato e a confecção manual incorporados a esses materiais atenuam o impacto imposto pelo baixo custo de construção e precisão no resultado final. Com a chuva perene, os dois materiais aos poucos receberão as marcas do tempo. A praça acarpetada com tijolos de xisto e o edifício se fundem em um espaço tranquilo e elegante pontilhado pelo jardim de bambu.
A arquitetura do “diálogo”. “O projeto culmina em uma variedade de espaços semi-externos intercalados e interconectados dentro do edifício. O projeto semi-externo não apenas se adapta ao clima local e diminui a massa construída; ele desempenha um papel indispensável em esfumaçar a linha entre o interior e o exterior, onde a conversa e a comunicação entre os cidadãos ocorrem e os edifícios tecem um casamento com a cidade. Cenários e histórias se entrelaçam e crescem, o que dá vida ao edifício. Enquanto as pessoas tocam nos tijolos e no concreto do edifício, elas são expostas a um diálogo com os artesãos através do tempo e do espaço.
Após a conclusão do Centro Cultural dos Trabalhadores diariamente grupos de casais utilizam a edificação como cenário para fotos de casamento, além deles, muitos alunos das regiões vizinhas vêm ao prédio após a escola para aproveitá-lo um pouco antes de voltar para casa. Ou seja, o Centro Cultural tornou-se um destino para as atividades de lazer dos munícipes e um espaço integrado ao cotidiano.