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Arquitetos: Nildo José
- Área: 250 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Denilson Machado – MCA Estúdio
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Fabricantes: +55 Design, Alan Moraes, Arquivo Contemporâneo, Bertolucci, Casa Atica, Deca, Dom Daqui, Dpot, Duratex, Estúdio Orth, Etel, Jocal Estofados, Luminata, Mobília Tempo, Mont Blanc, Ornare, Phenícia, Portinari, Roberta Banqueri, Ronald Sasson, +5
Descrição enviada pela equipe de projeto. Logo na entrada no Sertão Portinari, os visitantes passarão por um pórtico revestido com a lastra Grand Metal. Uma escolha imponente para adentrar no espaço que valoriza os tons terrosos. A escolha das cores foi inspirada em uma paleta de tons própria presente nas obras do maior artista plástico brasileiro. A chegada apresenta rusticidade, elegância e encantamento. Um elemento reflete o ar da região sertaneja, com um grande Mandacarú que dá as boas-vindas.
Sob uma iluminação intimista que acolhe, o piso de todo o espaço é revestido com a coleção Boulevard e confere ao chão um aspecto de terra batida. Nesta paleta de cores predominantemente em tons terrosos, o monocromático é quebrado com um toque de alegria no azul do porcelanato Acqua, que representa o céu e a água. É na promessa das chuvas que se cristaliza a fé do sertanejo. Viver a arte de viver a vida é ir além do óbvio, é enxergar com sensibilidade a beleza nos detalhes. Um olhar para a arte no dia a dia e, até mesmo, um sertão colorido e cheio de vida.
O projeto poetizado por Nildo José, traz ambientes integrados e fluidos, tendo como conceito principal a brasilidade. Com um olhar para interiores acolhedores, com menos itens e uma estética suave e fluída, é possível encontrar o equilíbrio entre as formas orgânicas e linhas retas.
Um brise formado pelos bricks Senses Decor, contorna todo o ambiente, e faz referência ao sistema construtivo da taipa: o uso do barro e da madeira criando paredes. Essa relação cria um efeito inusitado entre a rusticidade do Sertão e a elegância da proposta inovadora na disposição do porcelanato. Ainda valorizando a versatilidade dos porcelanatos da Portinari, a mesa do home office e a bancada da cozinha, exploram a grandeza da lastra Gran Metal. Com marcenaria da Ornare, a bancada central com detalhes em palha serve de estação para cozinhar e, ao mesmo tempo, compartilhar bons momentos.
No centro do espaço há uma ilha circular que divide as funções da casa, onde de um lado se encontra um bar e uma lareira, formando um lounge, e do outro, uma parte da estrutura serve para a sala de banho. O minimalismo presente nesta relação entre o interior e o exterior, revela um lado profundamente artístico e moderno e outro que não abre mão da funcionalidade e da elegância. A sala de banho conta com vidros e um espelho da Silvestre Vidros, e que faz conexão com o quarto. Nele, a Cama Dobra, da Wentz Design, formam um espaço de conforto e relaxamento.
O ambiente é composto por living, lounge, cozinha, sala de jantar e suíte máster com home office. Na cozinha e área de banho, destaque para louças e metais Deca. No teto e paredes, Nildo usou revestimentos Duratex no padrão Nogueira Venêto, um redesign das clássicas nogueiras italianas, que harmonizam a tradição e o contemporâneo.
Na área social, a sala de jantar e o espaço gourmet evidenciam uma mesa retangular, produzida pela Sandra Ortho Esculturas, com design especial do arquiteto para a CASACOR e cadeiras Bambolê, da +55 Design, completam a produção. No teto do living, uma grande luminária garante um ar mais despojado para o ambiente que também ganhou o imponente Sofá Abapo, de Roberta Banqueri.
O espaço conta com curadoria de mobiliário que permeia entre designers consagrados e novos como, por exemplo, as Poltronas Paraty, assinada por Sério Rodrigues; Poltrona Kanga, de Ricardo Van Steen; poltronas Ondine, por Jorge Zalszupin; Poltrona Cordial, por Victor Vasconcelos; Poltronas MP97, por Percival Lafer; entre muitos outros já citados.
A tecnologia também está presente na instalação. Durante toda a mostra, projetores trazem imagens reais de terra rachada, e sons da água da chuva corrente e crianças correndo pelas poças, vivendo essa atmosfera de pureza e alegria. A trilha sonora também ambienta a aura do sertão, com referências às rezadeiras, sanfonas e outros elementos mágicos da região.
Para finalizar, a obra de arte central do espaço é denominada de “Os Brasileiros’’, do artista Juraci Dórea. Escultor, pintor, desenhista, fotógrafo, programador visual, ele trabalhou em Feira de Santana e fez com que, gradualmente, sua obra convergisse linguagens visuais contemporâneas com raízes e tradições sertanejas.