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Arquitetos: VPS Architetti
- Área: 430 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:studio_vetroblu
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Fabricantes: AMURA LAB, Buzzi & Buzzi, Catalano, FLOS, Irsap, Mattiazzi, PURALUCE, Panzeri, Rexa Design, SILVERPLAT, Smeg, Zucchetti
Descrição enviada pela equipe de projeto. A fazenda e o anexo para os hóspedes estão localizados perto do centro histórico de Castelmuzio, uma pequena vila em Val d'Orcia, ao longo da estrada que leva a Pienza. O lote está situado na metade de uma encosta e tem vista para a igreja paroquial de S. Anna in Camprena, um antigo mosteiro beneditino do século XV. O edifício original da fazenda, cujas características tipológicas e métodos de construção parecem datar da segunda metade do século XIX, sofreu sucessivas ampliações e alterações até à década de 1950. A heterogeneidade destes diferentes elementos foi considerada na determinação de um novo e coerente programa espacial e funcional.
O projeto adaptou os edifícios às necessidades do cliente, redistribuindo e reinterpretando espacialmente o interior e introduzindo sistemas mecânicos contemporâneos sem aumentar ou alterar os volumes existentes e as características arquitetônicas originais das fachadas, regulamentadas por códigos de proteção paisagística. O resultado é um projeto que conta duas histórias aparentemente diferentes, mas intimamente ligadas - uma segue a outra.
O exterior da casa remete à sua memória enquanto o seu coração expressa o presente. Com dois pavimentos e um mezanino, a casa é dinamicamente organizada em torno de volumes duplos, novas vistas e espaços internos fluidos. As orientações, vistas e relações entre o interior e os espaços ao redor orientaram as principais escolhas do projeto.
No pavimento térreo, o sul foi escolhido como a melhor orientação para a sala de jantar e cozinha - bem iluminada durante o inverno e em contato direto com o exterior. Na face norte está o espaço existente - agora transformado em uma sala de estar com uma lareira e duas portas francesas que se abrem para o exterior, além de duas janelas a leste e oeste, respectivamente. A sala de estar é conectada por uma grande abertura interna e após alguns degraus leva a área de jantar, de modo que a luz do sul penetre durante o inverno.
O espaço externo voltado para o norte foi criado após a contenção e terraplanagem da encosta da colina. O pátio pavimentado é acessível através das duas portas francesas, ampliando a sala de estar para o ar livre em dias abertos. O primeiro pavimento abriga a "suíte" principal voltada para o sul, com um pequeno escritório, o quarto, um banheiro e um armário na entrada. Os outros quartos estão voltados para leste e oeste, respectivamente. A nova porta de entrada e os espaços conectados tornam o volume mais dinâmicos.
A entrada possui uma sequência de aberturas cujo eixo atravessa a casa, conectando tridimensionalmente diversos espaços internos em percepção e função. A escada leva a uma "ponte" com vista para outro espaço com pé direito duplo localizado quase no centro do edifício, correspondendo a um "quadrante" da cobertura de quatro águas. As fachadas e telhados foram tratados de forma conservadora, utilizando materiais e técnicas locais.
Os principais materiais utilizados na fachada são a pietra serena, pedra ou terracota extra dura para soleiras; perfis de aço corten para grades e portões, e novas escadas externas. No interior, os pisos são de arenito extra-duro e parquet artesanal, nos banheiros e serviços, em travertino verde e pietra serena extra-dura, e os acabamentos internos em madeira pintada.