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Arquitetos: Alexis Dornier, Studio Jencquel
- Área: 8400 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Robert Rieger
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Fabricantes: David Pompa Lamps, Gaya Ceramics
Arquitetura - Alexis Dornier e Studio Jencquel são os arquitetos responsáveis pela arquitetura da casa de hóspedes LOST. “A ideia principal era criar uma experiência inusitada e com aspecto de um sonho em meio a uma selva mística. Imaginamos espaços e passarelas bem acima do solo. Para tanto, torres escalonadas foram construídas ao lado de coqueiros altos, proporcionando um vislumbre do mar a diante. Essas torres são conectadas por uma passarela elevada que aponta para o mar. Queríamos dar a sensação de caminhar em um mundo diferente, de descansar em um navio flutuante, elevado e seguro, com a selva selvagem à sua porta. Agrupadas, as torres formam quase que uma aldeia nas árvores, uma pequena sociedade flutuante. LOST é projetada com grande atenção aos detalhes, com exemplos do tradicional contrastado com exageros. O material predominante é a madeira de origem sustentável em vários padrões e direções, os pisos são revestidos com pedra verde Bali e o cobre é usado como destaque em toda a composição. Com LOST nos movemos em um mundo de sonhos, em algum lugar entre ficção e realidade.” (Alexis Dornier)
Interior - O conceito de interior, bem como elementos arquitetônicos adicionais, foram projetados pelo Studio Jencquel. “Os interiores são calorosos e aconchegantes como se quisessem nos abraçar, integrando tecidos de linho, pedras, madeira tropical, madeira teca queimada e pedras de fundo de rio. As cores e materiais são de origem local. As persianas de madeira no banheiro diluem os limites entre o exterior e o interior, deixando a brisa do mar entrar e proporcionando uma sensação de proteção contra o sol quente. Janelas panorâmicas permitem avistar barcos que passam no horizonte. Os móveis, as luminárias, a louça de cerâmica e quase todos os acessórios deste projeto foram desenhados sob medida pelo Studio Jencquel. O tema implícito da melancolia e da escuridão é fortemente sentido por toda parte: uma cicatriz de neon na minha doce melancolia.” (Max Jencquel, Studio Jencquel)
Paisagismo - “O projeto paisagístico é uma extensão da projeção construída (ou vice-versa). A passarela que liga as torres é na verdade a continuação de um caminho que começa no jardim, penetra nas construções e termina na praia de areia negra. O caminho começa na entrada após a instalação de neon e nos leva primeiro por uma floresta tropical. A variedade de plantas aqui é enorme: helicônias, samambaias, bananeiras, bromélias e diversas árvores. Dentro da floresta, encontramos uma rocha musgosa transformada em fonte, um banco para meditação junto a um santuário, um jardim fechado onde os hóspedes podem ouvir e ler poesia de Artur Becker.
Para além da floresta, o caminho segue para pastagens, uma vasta área próxima à recepção que se estende aproximadamente até o meio da propriedade e na qual se encontram todas as espécies de gramíneas disponíveis aqui em Bali. A paisagem muda à medida que nos movemos de uma área para outra, e a água da chuva é canalizada em valas de rocha do rio que parecem córregos (ou rios na estação chuvosa). Há uma nascente sagrada e, ao lado dela, uma grande rocha fluvial cuidadosamente colocada entre dois templos de rocha magmática. Bougainvilleas (primaveras) e “dama da noite” perfumadas são plantadas generosamente ao redor das áreas de jantar e do lounge. Grandes árvores são plantadas ao lado dos prédios altos para amenizar o tamanho e as dimensões gigantes das edificações e fazê-las parecer um pouco menores. Finalmente, um caminho escondido leva à praia através de uma floresta.” (Max Jencquel, Studio Jencquel).