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Arquitetos: Atelier Marko Brajovic
- Ano: 2022
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Fotografias:Barbara Morais, Marko Brajovic, Mariana Smania
Descrição enviada pela equipe de projeto. O portal é uma passagem entre dimensões do espaço/tempo. Um lugar de interconexão entre diferentes mundos. Uma janela para o futuro do “mundo dos mundos” tão grande quanto o nosso planeta, quanto a vida. O Portal Natura é uma oportunidade de metamorfose pessoal e coletiva, de união e consciência. Uma experiência trans sensorial que transforma e ilumina o caminho para um futuro de coexistência e coevolução. Um portal vivo que será aberto com a Amazônia, para finalmente, nunca ser fechado.
Uma série de recursos multissensoriais foram desenvolvidos para envolver o público e ser uma experiência integral. Sua arquitetura destaca-se pela forma triangular de uma grande maloca futurista, uma nave espacial. Adentra-se subindo a escada que transborda folhas e vegetação típica da floresta Amazônica e Mata Atlântica, uma fumaça de partículas de água emerge com a fragrância exclusiva desenvolvida pela Natura, o portal transpira e inspira. Dentro dele uma grande rede dá lugar ao piso e convida o público a caminhar sobre a floresta, deitar e assistir ao vídeo na gigante tela de led, onde o filme acontece e todo o espaço espalhado multiplica formando um grande caleidoscópio.
Nesta paisagem o público se sente flutuando em cima de uma floresta, a qual, além da função bioclimática de resfriamento, simula o ciclo das águas dentro do pavilhão.
Imagens, cheiros, sons, todas as dimensões sutis da percepção envolvem o público num instrumento arquitetônico sinestésico gerador de narrativas e sensações aumentadas de simbiose, criando vínculo empático entre o público e o conteúdo envolvente de uma Amazônia Viva. Nesse estado de espírito, a imersão transformadora é, justamente, o lugar onde acontece o “download” das informações, onde nasce a conexão com valores, propósitos e ações. Somos todos Amazônia.
Uma arquitetura que se desmaterializa numa manifestação de efeitos que transbordam os limites físicos e previsíveis da forma, e recriam as condições da floresta do consciente e subconsciente. Formas geométricas se deformam, jardins de mudas transbordam e expandem por meio de conteúdos e reflexos de água em estado gasoso. A arquitetura se transforma num instrumento sinestésico.