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Arquitetos: Firma Arquitetura
- Área: 1500 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Carolina Lacaz
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Fabricantes: AcMax, Alpha Secure, Cavaletti, Dauer decor, Dimoplac, Docol, Fernando Jaeger, Forbo, Gabbinetto, Innovare, JRMAQ, Knauf, Lis Iluminação, Mova divisórias, Padrão Móveis, Tome Vidros, V10 Visual, thyssenkrupp
Descrição enviada pela equipe de projeto. O principal objetivo da intervenção foi transformar um edifício em desuso de estilo Neoclássico construído no início dos anos 2000 em um edifício que visa novos padrões de ocupação e uma relação mais contemporânea e direta com a cidade.
A localização privilegiada do imóvel por estar situado em uma esquina de grande movimento, resulta em uma série de benefícios que podem ser incorporados à nova sede do IQA. Com este viés, a estratégia projetiva consiste em abrir a edificação retirando todos os muros existentes, deixando a rua mais amigável para os moradores do bairro. Em paralelo a isto, visando solucionar uma questão de cotas entre interior e exterior e também de dar mais destaque à edificação, criou-se uma generosa praça de chegada que elevada em relação à rua forma uma espécie de podium para a nova sede do Instituto.
A intervenção realizada em sua fachada, buscou resgatar o edifício em sua forma mais pura. Foram retirados os adornos de forma a simplificar a leitura de suas janelas; elemento de grande potencialidade do imóvel. Nesse sentido, para maior controle de luminosidade atrelada importância das questões técnicas de compartimentação vertical, algumas janelas foram fechadas, com o intuito de desconstruir a simetria da fachada original. No último pavimento, a criação de uma moldura segue a lógica das janelas existentes e revela trechos da paisagem do bairro com vista para a ponte estaiada.
Considerando que um dos maiores desafios a serem resolvidos em edificações institucionais é a difícil equação dos diferentes fluxos que coexistem dentro dela diariamente. Foi preciso estabelecer e administrar dentro de uma ordem espacial as diferentes intensidades, frequências e características (público, coletivo e privado). Neste caso, foi necessário redefinir completamente a espacialidade no interior do edifício existente para atender a novo programa e todos os aspectos funcionais da empresa. No térreo estão os programas de ordem pública e coletiva; o primeiro e segundo andar, foram destinados a áreas de staff; o terceiro pavimento abriga a presidência e as grandes reuniões. Por fim a cobertura foi transformada em solário para receber a área de lazer e descompressão.
Em relação aos quesitos técnicos, materiais de fácil montagem e de grande eficiência foram utilizados em todo o projeto. Forro com isolamento acústico/térmico e divisórias móveis dão flexibilidade as salas e trazem maior conforto para os usuários. Todos esses elementos fazem parte de uma paleta de cor clara, que por sua vez deixam todos os ambientes com uma iluminação natural mais expressiva. Vale apena ressaltar que a estrutura original é evidenciada em algumas partes do projeto estabelecendo a sobreposição entre o novo e o antigo.
Para promover maior interação entre os usuários, foi proposto algumas áreas de descompressão ao longo do edifício em forma de jardins, que umidificam e trazem bem-estar nas horas de pausa, podendo também criar novas dinâmicas de trabalho ou grandes eventos a céu aberto.