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Arquitetos: Ricardo Abreu Arquitetos
- Área: 165 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Renato Navarro
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Fabricantes: Amorim Cortinas, Armarinhos Teixeira, Arte Própria, Botteh Tapetes, Bruno Meireles Studio, Clami, Cristiana Bertolucci, Estudio Iludi, JB Goldenberg - Escritório de Arte, Lattoog, Líder Interiores, Marcelo Magnani Foto, Marcenaria Baraúna, Neon Três Estações, Promex Décor, Prototype Chão de Fábrica, Santa Luzia Molduras, Silvestre Vidros, Tintas Coral, Trousseau, +2
Descrição enviada pela equipe de projeto. Morar na Avenida Paulista significa – em todos os sentidos – morar no ponto alto de uma das cidades mais importantes da América Latina. Em meio à uma das paisagens mais icônicas da cidade de São Paulo, a movimentada avenida reflete um estilo de vida contemporâneo e globalizado, por entre os imponentes edifícios comerciais e residenciais. É entre eles que as amplas janelas do Edifício Paulicéia enquadram a vista do cotidiano da cidade de forma tão surpreendentemente real. A mudança de perspectiva para a Avenida Paulista representa uma experiência sensorial única e deslumbrante, mas engana-se quem imagina que essa seja a verdadeira surpresa do apartamento.
O projeto, concebido pelo arquiteto e morador Ricardo Abreu, explora as características modernistas do edifício. Em oposição ao visual denso e monocromático da cidade, o apartamento surpreende o olhar ao ter a vista da Avenida Paulista emoldurada pela grande variedade de vegetação que compõe o conceito do projeto. O destaque está na inserção das mais de 50 plantas de diversas origens, com espécies variadas de samambaias, filodendros, ficus e suculentas. A cor verde predominante recobre também as paredes, tecidos, persianas e mobiliário.
À medida que se percorre os 165m2, uma mistura de estilos e linguagens compõem o projeto. Os elementos neoclássicos, as pinturas geométricas nas paredes, e as obras de arte contemporâneas combinam diferentes camadas da história, como uma analogia à história da cidade. Boiseries e sancas rebaixadas se confundem às linhas das tubulações galvanizadas aparentes da luminotécnica que percorrem tetos e paredes. Além de residência, o apartamento foi também pensado para acomodar o ambiente de trabalho do arquiteto. Os demais cômodos são marcados por pinturas geométricas em cores fortes que dão destaque para as obras arte.
A seleção de mobiliários assinados vai desde as icônicas cadeiras Girafa da arquiteta Lina Bo Bardi, e as cadeiras em tela e alumínio fundido Charles Eames, passando por outras peças contemporâneas como as cadeiras Sentah do Felipe Protti, o sofá Aga II do Brunno Meireles e a Pantosh do Leonardo Lattavo e Pedro Moog. Na sala, um grande biombo em estrutura metálica dourada e espelhos bronze emoldura o piano, que também é abraçado pela vegetação. Entre as obras de arte que recebem destaque estão a escultura Pranto, do artista Ricardo Teixeira, a gravura Espaço 4a Dimensão do artista japonês Yataka Toyota, fotografias do Marcelo Magnani, e óleos sobre tela do artista Antônio Brasileiro, e Fantasia Sertaneja do arquiteto e artista plástico Juracy Dórea.