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Arquitetos: Nikken Sekkei
- Área: 5300 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Gankosha, Harunori Noda, SS Co., Ltd, Sumitomo Forestry Co.
Praça na Vila dos Atletas: um espaço festivo criado com madeira de todo o país. Apoio Nacional da Madeira. Como uma instalação temporária construída na Vila dos Atletas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, esta praça era um espaço de eventos cerimoniais onde atletas, mídia, VIPs e convidados podiam interagir.
As madeiras para construção foram obtidas de governos locais em todo o Japão, transformadas em instalações temporárias, depois desmontadas após os Jogos e devolvidas aos seus respectivos municípios. O projeto exigiu seu reaproveitamento e reutilização como materiais de “legado”. O principal papel do projeto era expressar arquitetonicamente o apoio do Japão aos Jogos por meio de uma única instalação e difundir a madeira produzida internamente.
Espaço interativo com casa e jardim. A instalação principal da praça foi projetada como um volume térreo, acessível para todos, levando em consideração os atletas com deficiência e outras pessoas relacionadas. A edificação foi composta por estruturas separadas mas totalmente integradas através de um jardim. Comum na arquitetura tradicional japonesa, o espaço resultante é semelhante a uma varanda, com beirais abertos para a brisa. Com isso, cria-se um espaço festivo que transmite o charme japonês com a leveza da arquitetura temporária e a suavidade da madeira.
Estrutura de acordo com o uso. Três tipos de estruturas escaláveis foram usadas para acomodar a instalação. Para espaços pequenos, como escritórios, foi utilizada uma estrutura de vigas treliçadas, na qual os suportes de aço foram emparelhados com vigas ortogonais e diagonais para conferir resistência a terremotos. Nos espaços maiores, onde paredes divisórias e contraventamentos eram indesejáveis, uma estrutura com três pilares diagonais retorcidos foi usada com o mesmo intuito de lidar com os terremotos. Uma estrutura em arco treliçado, com elementos salientes em forma de árvore, foi utilizada para a sala de coletiva de imprensa, que requer um amplo vão.
Gerenciando 40.000 peças de madeira. Mesmo dentro da mesma espécie de madeira, a resistência e a rigidez podem variar de região para região. Portanto, além das especificações da madeira fornecida, suas características e disponibilidade foram levadas em consideração na alocação. Cada peça de madeira foi submetida às normas e, usando BIM, classificada e distribuída de acordo com sua resistência e teor de umidade.
A madeira foi colhida, seca e cortada localmente em cada município, sendo então, recebida de acordo com o cronograma de construção. Após o uso, foi devolvida a cada município para transformação em bancos e equipamentos públicos.