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Arquitetos: RISCO
- Área: 12000 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: BANDALUX, Designers Guild, Dynamobel, INCLASS, Kerion, Knauf, POLYREY, Saint-Gobain, Tarket, Technal
Descrição enviada pela equipe de projeto. A ampliação da Clínica de Oeiras e a sua transformação em Hospital da Luz, consistiu na construção de um novo edifício no lote adjacente ao edifício existente. O tema central na conceção do projeto, para além da reorganização global do programa, passou por conferir ao novo edifício um desenho completamente autónomo do existente, sem deixar de garantir uma imagem homogénea do conjunto, importante para a perceção do futuro hospital.
O novo edifício alberga o núcleo de consultas externas, exames, análises clínicas e também alguns serviços comuns, como os escritórios da administração, a sala de refeições dos funcionários, a cafetaria e a esplanada. Trata-se de um volume de planta retangular, recortado por dois pátios exteriores nos topos, que permitem quebrar o carácter monolítico do edifício, tornando-o mais leve, sugerindo de certo modo dois volumes, revestidos maioritariamente por peças cerâmicas brilhantes de perfil canelado.
As fachadas poente e nascente são compostas por lâminas de grande formato, do mesmo material cerâmico e formam um brise soleil, destinando-se a proteger os gabinetes da incidência solar, bem como, a aumentar a eficiência energética do edifício.
Como são dois edifícios construídos em momentos diferentes, cada um com o seu carácter e imagem, procurou-se que a ligação pública entre os dois tivesse uma terceira natureza. Um elemento leve, transparente e simplesmente justaposto às fachadas, de modo a clarificar a sua autonomia em relação aos diferentes desenhos dos dois edifícios, nomeadamente ao existente, que não foi desenhado pelo RISCO.
A organização do espaço é dominada pelo vazio central que unifica os três pisos e permite trazer luz ao “miolo” do edifício e pelos dois núcleos verticais que estruturam um anel de circulação, em cada piso e que permite transitar entre os espaços de trabalho/atendimento e as várias áreas de espera.
O projeto de interiores dos espaços de acesso público funcionou como um protótipo da nova imagem corporativa da Luz Saúde. A estratégia passou por estudar desde as fases iniciais do projeto, a integração da sinalética, do mobiliário, da tecnologia e da comunicação interna com a arquitetura, ao contrário do que é habitual, em que as várias componentes se vão adicionando umas às outras, Um exercício de desenho, mais abrangente, que procurou romper com os modelos hospitalares tradicionais, aliás à semelhança do que já foi feito no Hospital da Luz em Lisboa em 2007, e contribuir para redirecionar a marca para as novas gerações de clientes e de médicos, apostando fortemente em ambientes confortáveis.