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Arquitetos: aura
- Área: 220 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Purnesh Dev Nikhanj
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Fabricantes: Alupure, Chand Nursery, Hettich, Merino, Plumbr, Schneider, Spenza
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta é uma residência projetada para os Gargs que estão localizados na cidade indiana de Shahabad, Haryana. Em um lugar de temperaturas extremas e clima seco, propor materiais que atendam às condições climáticas ao longo do ciclo sazonal, instalar e configurar esses materiais e garantir suas condições de trabalho posteriormente são os desafios que os arquitetos tiveram que enfrentar nos estágios iniciais do projeto. Respondendo ao contexto e à face sul do terreno, foram propostas soluções como a instalação de um sistema de paredes verdes vivas com floreiras de concreto embutidas na fachada frontal e planta aberta em todo o volume. O objetivo do projeto é se misturar com entorno verde ao longo do tempo, como se literalmente "crescesse" dele.
Em relação à planta livre, o térreo foi dividido em um foyer com área de desenho, sala de estar de pé-direito duplo levando a um quintal verdejante, dois quartos e uma cozinha aberta com uma área de jantar adjacente que se abre para um poço de luz com um 'Puja Ghar' (altar) centralmente posicionado como um 'Aangan' reinventado. O projeto foi feito para ajudar a promover a ventilação cruzada em toda a estrutura, desde a fonte de água através da grande janela no quarto principal até o quintal. Vale ressaltar que propor este conceito eco-brutalista, biofílico e moderno a uma família que privilegiava os métodos tradicionais foi uma tarefa desafiadora. Seguindo a distribuição do programa, o primeiro andar é composto por um lobby, uma grande área de estar ao lado do poço de luz, dois quartos e uma área comum que leva ao pequeno terraço atado com floreiras e banco feitos de resíduos da construção. Além disso, o primeiro andar faz a transição para o grande terraço.
O nome da casa surge da mistura entre a estética rústica e nossa primeira casa, ou seja, a natureza. Uma estrutura moderna que é materializada em um "brise natural" onde inúmeras aberturas são preenchidas com plantas para mitigar o ganho de calor. A escolha dos verdes, por sua vez, marca a singularidade e eficiência desta residência. O principal objetivo era ser o mais natural possível para que a evolução da fachada acompanhasse a estrutura construída naturalmente. O jardim posterior abriga todos os tipos de árvores mantendo a estética indiana. A árvore Rudraksha foi plantada no pátio central por duas razões: estatura religiosa e impacto medicinal. O restante do pátio é coberto com plantas como trepadeiras e grama bermuda como forração.
Em sua superfície de 220 metros quadrados, são entrelaçadas estética e funcionalidade, enfatizando a honestidade dos materiais como concreto, aço, argila e madeira complementadas com azul, cinza e branco como destaques para o espaço, além da harmonia com elementos têxteis, alumínio e vidro. Através das vistas interiores, cria-se um refúgio. As aberturas de vidro são usadas de forma flexível em muitas posições diferentes para trazer luz natural para o volume, bem como minimizar o consumo de energia. Em conclusão, qualquer projeto deve possibilitar a interação entre o espaço e os usuários. A evolução da fachada e da estrutura é algo a se esperar para os próximos anos.