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Arquitetos: JA8 Arquitetura Viva
- Área: 17676 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Lio Simas
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Fabricantes: Casas D'agua, Cassol, DIPROTEC, Engemix, Grupo Coesa |MZ Grupo, Lajes Treliçadas Eldorado, Madeireira Baía Sul, Madeireira Primavera, Saneamento Pré Moldados Industria e Comércio, Santa Rita - Pedra Branca, Serralheria Ferromix, Zulmak
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Parque Linear do Córrego Grande está configurado pela implantação de estruturas de baixo impacto na área de preservação permanente, constituída pelo recuo de 30 metros das margens do curso d’água.
O parque possibilita a fruição pública neste espaço natural, salvaguardando a manutenção da fauna e flora, contempla a criação núcleos de apropriação interligados por pista de caminhada e ciclovia que percorrem toda a extensão do córrego, criando uma oportunidade de conexão transversal entre localidades lindeiras ao curso d’água transpondo os limites do sistema viário.
São conceitos norteadores deste projeto:
- Conectividade: integrando localmente as áreas por elementos funcionais: caminhos para pedestres e ciclistas, a ponte e decks que conectam o parque a empreendimentos privados. A conexão visual e física entre os edifícios e as áreas públicas foi trabalhada para dinamizar o espaço público.
- Acessibilidade: acesso à “cidade para pessoas”, uma cidade acolhedora e gentil, com espaços públicos planejados, equipamentos urbanos de qualidade é o principal foco neste projeto.
- Valorização da natureza: permeia tudo que foi projetado. O Parque é um ambiente único que enaltece o Córrego antes abandonado, quase não havia contato visual ou físico entre este e a cidade. A flora nativa foi explorada no projeto, ambientando as ruas do entorno e o parque; bem como recompondo espaços degradados.
O principal elemento é a grande ponte para ciclistas e pedestres. Nossa proposta de excluir a passagem de veículos motorizados foi aprovada pelo poder público, coloca o ser humano em primeiro lugar e prioriza o transporte ativo. A ponte, com piso de madeira e guarda -corpo em aço corten, tem cabeceiras amplas, a fim de criar espaço para grandes encontros, como apresentações musicais e feiras. É uma ponte praça.
A massa vegetal existente no entorno do Córrego foi mantida e contornada pelo desenho da ponte, resultando em formas que abraçam a natureza local e oferecem às pessoas contato direto com as copas das árvores.
Equipamentos para lazer foram incluídos usos nas áreas mais abertas, preservando o espaço já ocupado pela natureza. Os materiais escolhidos são naturais e mantém o solo permeável. Toda a área que estava degradada recebeu plantio de árvores nativas.
Ressaltamos as conexões diretas de edifícios privados com o parque. Esta estratégia proporciona uma maior apropriação por parte da comunidade local. Áreas que seriam fundos dos edifícios passaram a ser frentes para o parque. Assim o espaço público ganhou mais portas abertas em sua direção e consequentemente mais segurança.
No longo processo de projeto muitas reuniões conciliaram ideias, unindo o poder público, a comunidade e empreendedores dos novos edifícios vizinhos. A comunidade participou ativamente, sua voz e força consolidaram um Termo de Ajuste de Conduta, em que a execução do parque foi definida. As construtoras aceitaram a parceria público-privada e arcaram com os custos para a realização dessas obras. O projeto desenvolvido revitaliza e enriquece o tecido urbano, promove a apropriação do uso público e gera dinamismo na região.
