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Arquitetos: Sharal Architects
- Área: 3400 ft²
- Ano: 2022
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Fotografias:Junaid Hasan Pranto
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Fabricantes: Mirpur Ceramic, Rak ceramics, TOBO
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício está localizado em um modesto bairro residencial no distrito de Natore, na Divisão de Rajshahi, ao norte de Bangladesh. A propriedade de 2,7 katha (185 m²) tem uma fachada que oferece belas vistas para natureza e para o campo Kanaikhali em direção ao oeste. Seu limite norte é compartilhado com o Campo Ansar, este campo foi por muitos anos uma selva densa, onde as pessoas tinham medo de viver devido ao perigo que os animais selvagens representavam. Uma mulher idosa chamada Ayna construiu seu próprio abrigo e acendeu sua luz, permitindo que ela morasse ali sem medo. Isto serviu de inspiração para o nome do edifício, "Ayna Burir Adar" (que significa "Selva da velha Ayna"). A família que abriga o local consiste em um casal, seus filhos e sua mãe idosa.
O cliente deixou claro que queria ter acesso irrestrito ao terreno, pois estava reconstruindo a casa para se parecer com a anterior que ocupava o local. A edificação possui seis quartos com banheiros, varandas, sala de estar, sala de jantar, cozinha, depósito, sala de estudo e terraços. Um aglomerado de bambuzais situado próximo às escadas acompanham o edifício de três pavimentos, proporcionando uma chance de trazer a natureza para dentro da estrutura.
Os arquitetos foram inspirados pelo entorno exuberante do local para selecionar uma paleta de cores e texturas que chamasse a atenção para o volume sem dominar o ambiente sereno. Materiais como concreto, tijolos expostos, madeira, vidro e barra MS são utilizados na construção do edifício. Um elemento que tanto o ambiente construído quanto a natureza compartilham, o "tijolo", foi escolhido para retratar este elo de interação. O "concreto", em seu estado bruto, foi então utilizado para consolidá-lo. Uma sensação de imersão na terra reconfortante é criada pela cor e textura do edifício.
Para criar dois espaços vivos lineares alinhados leste-oeste e permitir que a luz natural e a ventilação circulem pelos espaços internos, a massa básica do edifício foi reduzida. Tal estratégia configurou um espaço aberto no centro que funciona como um pátio central. Varandas e circulações dentro do espaço aberto oferecem acesso direto ao pátio, que, por sua vez, oferece uma conexão com o exterior. A conectividade visual de todo o edifício é reforçada por este pátio.
Uma escada significativa foi adicionada perto do aglomerado de bambus para conectar o edifício em diferentes níveis. Além disso, escadas e outros recursos são inseridos ao redor do pátio para permitir que a luz natural e a ventilação entrem em todos os espaços internos. O layout interno foi projetado para representar uma abordagem que combina o habitat e a natureza. Ao eliminar a massa do segundo pavimento, são configurados jardins no terraço, com maiores ligações visuais e aberturas à luz solar. A temperatura no interior do quarto é controlada por paredes de 12 polegadas (30,48 cm) de espessura e pequenas janelas na face oeste.
As grandes janelas também proporcionam ventilação cruzada para cada compartimento em lados opostos. A estrutura ganha uma nova dimensão com a adição de características como o tijolo-jali, paredes de tijolo pontiagudas, escadas em espiral e uma pérgula. Através do uso cuidadoso da cor, da textura, dos vazios, do acabamento, do terreno e do movimento da luz e da sombra, este projeto visou manter uma conexão com o clima, a luz e a natureza, a fim de melhorar a interação visual e tátil com seu entorno.