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Arquitetos: DUNAR arquitectos
- Área: 1162 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:RN Fotógrafos / Nicolás Yazigi
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Fabricantes: Daikin, Europerfil, Fermax, ROMERO, Simon
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Incubadora de Alta Tecnologia (IAT) e a Fábrica de Protótipos se tornarão uma referência em pesquisa e inovação no agronegócio da região. Trata-se de uma aposta na bioeconomia com o objetivo de mudar a forma atual de produzir e consumir. Esta mudança pretendida nas premissas atuais de produção e consumo também se reflete na proposta arquitetônica.
A proposta, que é de reformar edifícios pré-existentes, também se compromete a inverter a "forma tradicional" de construção, "removendo" todas as instalações do interior do edifício e trazendo-as para o perímetro, as fachadas, de tal forma que todos os sistemas sejam registráveis, ou tenham a possibilidade de serem implementados ou alterados, de acordo com as exigências dos usuários, sem a necessidade de obras civis. Trata-se, portanto, de um sistema que se adapta às necessidades dos diferentes programas de pesquisa que podem vir a ocorrer a longo prazo, além de ter uma manutenção fácil e econômica. Para "proteger" as diferentes redes de instalações, se propõe uma pele perimetral, que unifica a imagem de todo o edifício e permite o acesso para manutenções ou alterações futuras. A pele contempla duas funções: tecnológica e ecológica. Ela conta com um caráter tecnológico, na medida em que contém todas as instalações do edifício. Essa infraestrutura também complementa sua função com um caráter ecológico, criando uma barreira intermediária entre o lado de fora e o interior, e controlando a luz solar.
Esta pele também gera espaços intermediários, que podem ser adaptados como áreas de descanso ou lazer para os trabalhadores. A intervenção coloniza, portanto, certos espaços externos a fim de estender os edifícios além de sua própria estrutura física sem alterar os parâmetros de construtibilidade do terreno.
Para a execução das obras, foi proposta uma série de materiais, com especial atenção à eficiência energética. Desta forma, o projeto segue as diretrizes da arquitetura passiva, propondo, entre outras, as seguintes soluções e utilizando o seguinte diretório de materiais:
- Cortiça: utilizada como sistema de isolamento térmico e acústico externo, em diferentes modalidades que configurarão parte da imagem externa do edifício e também do interior;
- Brises metálicos: para controlar a luz solar e a iluminação dos interiores;
- Resinas epóxi: para tratamento em pisos pré-existentes.
Em resumo, trata-se de um projeto que lida com a ideia de transformar edifícios agrícolas pré-existentes em novas construções tecnológicas adaptadas às necessidades do século XXI.