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Arquitetos: Heim Balp Architekten, Pablo Pita Arquitectos
- Área: 2750 m²
- Ano: 2022
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Fabricantes: BRUMA, Efapel, Gercima, Iguzzinni, JNF, Rodi, Sosoares
Descrição enviada pela equipe de projeto. No centro do Porto, um edifício abandonado do início do século XIX em um antigo bairro da classe trabalhadora foi reabilitado em um próspero microcosmo. O projeto faz parte da intervenção no Bairro da Silva, uma estrutura habitacional do início do século XIX, instalada dentro de um quarteirão da cidade do Porto. Um antigo bairro da classe operária é típico da cidade, também conhecido como "Ilha". A estrutura foi abandonada nas últimas décadas, mas manteve uma identidade forte, bucólica e romântica. Já possuía uma riqueza espacial muito pronunciada que vinha de seu complexo sistema - diferentes acessos, vielas, alturas, hierarquias e modelos habitacionais de pequena escala.
Um vilarejo dentro de uma cidade. A ideia passou por um processo de esclarecimento e subtração. Uma revisão de pequenas estruturas complementares que acumularam-se com o tempo e preencheram o espaço. Em busca de ordem, o projeto estabelece novas hierarquias que mudam o entendimento e o uso do espaço. Definindo um novo espaço de chegada, becos de transição, áreas comuns e espaços verdes que substituíram o que antes era tortuoso, indefinido e labiríntico.
O processo de reabilitação manteve a configuração geral do complexo, procurando respeitar sua morfologia básica. Havia uma base comum que orientava o processo - o projeto precisava se adaptar ao local, e não o contrário.
Um novo volume de concreto definiu o pátio de entrada, apresentando também um conjunto de escadas de concreto espelhadas. O espaço exterior é fortemente caracterizado pelas silhuetas dos telhados existentes. Os telhados com mansardas pontuam os becos. Uma paleta cinza com texturas diferentes procura definir um sentido de unidade. Ela mantém a expressão do granito existente, complementada agora pelo concreto jateado, as telhas pintadas, o gesso, as molduras de madeira e o aço. Esta neutralidade é equilibrada pela cor das árvores, dos arbustos e das flores.
O interior encontra clareza e simplicidade através de uma tomada de consciência contemporânea das soluções estruturais existentes. Vigas de madeira caracterizam os espaços e uma paleta restrita de materiais define uma expressão comum em cada unidade - gesso, carvalho, mármore e concreto. No centro das áreas comuns, uma escadaria expressiva se desdobra sob uma clarabóia circular. Um delicado corrimão de latão e madeira resume a premissa da intervenção. Uma abordagem cuidadosa que procura reescrever a história sem romper o espírito do lugar.
