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Arquitetos: DOMANI
- Área: 5000 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Vincent Wu
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto está localizado em uma área industrial tradicional de Guangzhou, China, na margem oeste do Rio das Pérolas. Os volumes originais foram construídos na década de 1950 como celeiros (quatro edificações de tijolo separadas, os armazéns de grãos mais importantes em Guangzhou). O interior da edificação foi reformado pela DOMANI, sendo utilizado como sala de exposições de planejamento urbano e centro de atividades multifuncional. A sala de exposições Jurong Bay City é um projeto histórico que abrirá caminho para a revitalização dos bairros mais antigos da cidade. O projeto é baseado no conceito de 'restauração do antigo como uma pintura', que permite a revitalização e retenção orgânica do antigo espaço arquitetônico, bem como a exploração e a prática de intervir no processo de desenvolvimento urbano sustentável contemporâneo na China.
O espaço do armazém possui uma única função original e uma estrutura simples. Os requisitos funcionais para a conectividade do salão de exposições foram atendidos pela adição de um telhado de aço e vidro sobre os três volumes separados criando um uso coerente e um campo espacial.
Do ponto de vista estrutural, por razões de orçamento e tempo, escolhemos uma estrutura de aço de grande vão + sistema de cortinas de vidro com inclinação total que representa a tecnologia arquitetônica contemporânea. Esta estrutura também ecoa o DNA histórico da indústria pesada original do armazém ChongKou. A estrutura principal de aço foi incorporada ao local do silo original de forma que evitou completamente a estrutura existente. Os pilares principais de aço foram calculados para manter um recuo de 1,4 m das vigas originais, com a matriz da coluna formando uma envolvente moldura funcional a qual permitiu que o silo original fosse transferido com sucesso para a nova lógica. O entrelaçamento das vigas de aço expressa um contexto formal vasto, mas poderoso. A inclinação da estrutura de aço herda a inclinação do celeiro original, e é aqui que experimentamos gerar um novo mecanismo. A escolha do material é sutil, é incidental para a instalação central.
Esta instalação central recria a estrutura de madeira do processo de demolição da parte superior do volume original. Quando uma estrutura arquitetônica funcional é transformada em uma instalação de arte, o sentido do objeto é essencialmente invertido. A estrutura é o componente mais estável, prático e fundamental do espaço, mas a arte é totalmente abstrata e espiritual.
A estrutura e os materiais dos quatro edifícios fabris originais foram preservados o máximo possível, com o principal material usado na nova adição sendo as réplicas de tijolos vermelhos industriais. A aparência triangular segue o ângulo de inclinação do antigo telhado enquanto fornece uma expressão simbólica da estabilidade formal. O aço moderno, o vidro e o tijolo vermelho original formam um choque estético e intencional de materiais e estruturas.
A estrutura de aço se estende até o solo, formando um espaço parcialmente sombreado no lado oeste do rio e interagindo com a paisagem. A relação entre o volume e a paisagem do local é fortalecida para manter a permeabilidade interior-exterior. O projeto foi pensado a partir da nova função da edificação de maneira a promover a revitalização do local.