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Arquitetos: David Martínez | Tangram Arquitectura + Diseño
- Ano: 2017
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Fotografias:Iñaki Bergera
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Fabricantes: Artipyme, ITESAL, Panasonic, Placo saint-gobain, Roca, Tarkett, Trimble, Viroc
Descrição enviada pela equipe de projeto. Inserido no contexto de um ambicioso plano diretor que organizará o crescimento futuro deste hotel-spa em Ariño, Espanha, este projeto é o ponto de partida para sua implementação.
Dois objetivos orientam o início desse processo: primeiro, expandir a oferta do spa através de um novo conceito de quartos isolados em relação direta com a natureza, e segundo, dar um primeiro passo na integração do hotel-spa no território em que se encontra, se apropriando de seus limites através de elementos de baixa densidade que fazem uma transição entre o grande volume construído e o ambiente natural do entorno.
A intervenção consiste em quatro módulos tipo, um duplo e um adaptado, assim como um caminho sutil que os articula. Este último, perpendicular ao volume principal, em um primeiro momento corre paralelo ao GR e depois se ramifica, perdendo escala e se desconstruindo à medida que nos aproximamos de cada espaço construído.
Os módulos foram projetados como elementos isolados, afastados da construção principal e dispersos no terreno, embora obedeçam a critérios cuidadosos de implantação e circulação que garantem a privacidade dos usuários. Isto permite abrir grandes janelas e terraços que maximizam a relação com uma paisagem dominada pela serra, a presença de fauna autóctone e pinheiros jovens que se estendem desde a montanha e se misturam com as diversas espécies que durante anos se desenvolveram à sombra do hotel. O acesso aos módulos é feito pela frente, evitando o vestíbulo e gerando assim um layout simples de planta livre que incorpora as partes "limpas" do banheiro em seu espaço principal.
O caminho de acesso às unidades é feito de concreto escovado tanto por sua aparência "terrosa" quanto pela necessidade de acessibilidade. Os pequenos caminhos que dão acesso individual aos módulos são definidos por placas de pedra soltas que permitem que a vegetação cresça entre elas, fazendo com que se misturem com o ambiente natural.
Os módulos, por sua vez, foram construídos utilizando uma estrutura de madeira pré-fabricada que otimiza a obra e parece flutuar graças a quatro "pés" de concreto armado embutidos que a isolam do solo. Para a face externa, foi escolhida uma pele neutra, que remete às grandes rochas da encosta, feita em painéis de fibrocimento que se refletem no interior como acabamento nas áreas úmidas e móveis, deixando o piso de madeira de pinho como acabamento do espaço principal e responsável por gerar uma atmosfera agradável no interior.