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Arquitetos: TAISEI DESIGN Planners Architects & Engineers
- Área: 7283 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Katsumasa Tanaka
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Fabricantes: Oshirox Co. Ltd., YOKOMORI MFG.CO., LTD., yamaki kogyo
Uma edificação na terra e no mar - Esta é uma instalação cultural multifuncional que consiste principalmente em um aquário, um refeitório e um espaço para noivas. A cidade japonesa de Kobe tem uma topografia característica entre o Mar Interior de Seto e o Monte Rokko. A área do cais é uma área de planejamento onde os restos do Grande Terremoto de Hanshin-Awaji são preservados para que as pessoas não esqueçam do que ocorreu ali. O conceito era criar uma edificação que transmitisse a história do local onde muitos movimentos tectônicos se repetiram.
O volume altera o terreno se tornando sua extensão e foi construído através da revisão dos materiais e métodos de construção do solo de modo a imitar a topografia de Kobe, produzindo uma edificação enraizada e coberta de vegetação com o passar do tempo para gradativamente retornar à natureza.
Produção e Consumo Local de Concreto - Os agregados foram obtidos de Nishijima no Mar Interior de Seto e Arino no Monte Rokko, e lavando-os com pressão, sua cor foi exposta, tratando o material inorgânico concreto como um material enraizado na terra. Cerca de 4.000 m2 de concreto in situ foram lavados com água, para criar uma fachada com massa e textura como os estratos geológicos.
Além disso, afirma-se que, como resultado dos movimentos tectônicos na área de Kobe nos últimos milhões de anos, o nível do mar subiu e desceu mais de 10 vezes, de modo que o solo tem uma estratificação característica com estratos argilosos do mar e estratos arenosos vindos das montanhas pela chuva. Para refletir essa topografia dinâmica no plano de concreto, foi adotado um esquema no qual os agregados do primeiro e terceiro andares são do mar, e os agregados do segundo e quarto andares são da montanha, de modo que a estratigrafia de Kobe é estendida acima do solo.
Incorporando o Meio Ambiente - Recortes são previstos no volume de forma elíptica para receber o vento proveniente que sopra das montanhas Rokko e do mar e que estão em harmonia com os recursos paisagísticos existentes, como a Torre do Porto. Esses recortes fornecem caminhos para o fluxo de vento, e o fluxo de pessoas e linhas de visão são criados conectando-se ao ambiente circundante, proporcionando uma linha de visualização como se estivesse subindo uma colina, a partir do átrio em forma de pedra na entrada principal até o terraço na cobertura. Além disso, aberturas superiores são posicionadas na rota em direção ao cume, criando uma composição espacial onde a água e a luz podem ser percebidas como se o sol estivesse brilhando em uma caverna.