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Arquitetos: Nomos Architects
- Área: 3988 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Xiao Tan(Studio Ten), TanArt Commnunity
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Fabricantes: RODECA GMBH
Descrição enviada pela equipe de projeto. A instalação de energia térmica do campus residencial da Universidade de Xi'an Shiyou foi planejada em 1994 e concluída em 1997. No entanto, devido a mudanças no sistema de aquecimento urbano, foi fechada em 2014. Quando a visitamos em 2019, apesar de ser relativamente nova, a instalação apresentou uma intrigante imagem de ruína histórica, cercada por edifícios residenciais. Este tipo de instalação a carvão já foi comum no norte da China, no entanto, com a mudança para um sistema de abastecimento de energia diferente, este tipo de instalação deixou de ser construído. As chaminés altas e os grandes recipientes de carvão que foram projetados com racionalidade instrumental tornaram-se obsoletos com o fim da produção. No entanto, essas estruturas inúteis, que não foram regulamentadas pelas atuais leis de zoneamento, nos lembram da simplicidade daquela década em rápido desenvolvimento. Este tipo de instalação tornou-se um símbolo histórico dos anos dourados, embora a maioria ainda tenha menos de 30 anos.
Este patrimônio industrial, localizado no núcleo urbano do distrito, não é adequado para o redesenvolvimento da região devido ao seu tamanho. No entanto, ao implementar um programa razoável com base econômica para sua sobrevivência, cria-se uma oportunidade de renovação e reutilização. A grande e alta sala de operação é adequada para uma exposição de arte, enquanto as salas menores podem ser usadas como espaço comercial para financiar eventos artísticos. Como resultado, decidimos transformar a instalação em uma comunidade artística de uso misto, que é um novo tipo de ecologia em Xi'an. As funções apropriadas dessa conversão protegerão a estrutura original de ser dividida em unidades de trabalho baratas, como está acontecendo com muitos outros patrimônios industriais urbanos na China.
Para acomodar essa transformação, adicionamos uma passarela conectando a praça ao ar livre e o salão principal de exposições no terceiro andar. Além de atender às necessidades funcionais, a passarela também destaca as novas intervenções aplicadas na antiga chaminé.
Para trazer iluminação e melhorar o desempenho térmico do edifício, substituímos a fachada original por painéis de policarbonato. Este novo material também apresenta uma escala diferente, contrastando com as residências circundantes e enfatizando as características industriais anteriores do volume. Ele também reforça o caráter público do novo espaço, que agora se relaciona mais diretamente com o ambiente urbano.
As estruturas mecânicas, elétricas e hidrossanitárias substituíram as antigas instalações de produção. Algumas foram otimizadas para minimizar a interrupção do espaço, enquanto outras se tornaram aparentes. Por exemplo, os dutos de ar do salão principal de exposições aproveitam o espaço triangular entre as caçambas de carvão e as colunas, fornecendo ar-condicionado por meio de 24 bocais esféricos. As novas coberturas de aço inoxidável são colocadas ao lado do antigo concreto bruto, representando seus respectivos tempos.
Devido à possibilidade de quarentena pela pandemia de covid-19 no campus, usamos andaimes para criar uma cerca temporária. Os andaimes de montagem rápida também servem como moldura básica para cartazes de exposições, cadeiras de descanso e estandes de vendas, dependendo do evento. De acordo com as estatísticas, a vida útil média dos edifícios na China é de apenas 30 anos devido à mudanças ambientais e regulamentárias. Nos últimos 30 anos, esta instalação cumpriu sua tarefa original e agora inicia uma nova.