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Arquitetos: LAND Arquitectos
- Área: 1100 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Sergio Pirrone
Descrição enviada pela equipe de projeto. A demanda do projeto consistia em uma segunda casa para os avós da família, com a ideia de compartilhá-la com todos os seus filhos e netos juntos. O terreno fica em uma ponta rochosa privilegiada de frente para o mar, a cerca de 300 quilômetros ao norte de Santiago. Ali é possível ver o começo do deserto chileno: o terreno tem uma inclinação suave e é coberto por aglomerados de arbustos rastejantes de vegetação nativa e cactos de importante valor ecológico e fundamental preservação.
A principal estratégia foi reconhecer e localizar densidades de vegetação nativa, e isto é feito com ortofotografia de alta resolução agrupando a vegetação em circunferências de diferentes diâmetros. 25 círculos foram identificados a fim de compreender o valor das densidades da vegetação nativa no local, e eles estabelecem o embasamento que propõe a pré-existência como prioridade. No embasamento, 6 pavilhões são acompanhados por uma trama curva de madeira que os protege do vento sul predominante e contém os habitantes em um espaço intermediário, de conexão e transição. Os pavilhões foram feitos de madeira laminada CNC.
O embasamento é o resultado dos vazios gerados pelas circunferências distribuídas no terreno, os 6 pavilhões foram posicionados em busca das principais vistas e orientações, além de serem divididos por programa ou agrupamento de programas separados entre si, mas conectados pelo embasamento comum e pela trama de madeira curva, ou seja, do pavilhão dos dormitórios sai-se para acessar o pavilhão principal dos espaços comuns da casa. Sua materialidade é o concreto aparente com fôrmas de tábua.
Os espaços internos da construção totalizam cerca de 500 m2, enquanto os terraços e a plataforma do embasamento totalizam mais de 600 m2. Esta desproporção é o aspecto mais interessante do projeto, que abraça as diversas situações geográficas oferecidas pelo terreno.
O pavilhão central e o dormitório principal se elevam acima do mar como se estivessem em um navio, enquanto os demais quartos estão escondidos entre a vegetação em direção à parte posterior do terreno, tentando abrir vistas para o mar. No pavilhão central, uma grande viga de compensado amarelo com 26 metros de comprimento por 80 centímetros de altura e 18 centímetros de espessura chama a atenção.
A piscina e o ofurô tentam não se destacar, mas sim se esconder entre a vegetação e o reflexo do mar na piscina como um espelho.