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Arquitetos: Miguel de la Torre
- Área: 1016 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Jaime Navarro
Descrição enviada pela equipe de projeto. Quando o local foi visitado pela primeira vez, encontramos uma propriedade cercada por vegetação e árvores muito grandes, de forma bastante impressionante. Naquele momento, percebemos que a casa tinha que ser projetada tendo em mente a natureza. Nosso desafio passou a ser projetar o edifício com o mínimo possível de impacto no terreno e, ao mesmo tempo, tirando proveito do mesmo. Estas limitações do local levaram ao desenvolvimento do projeto de uma casa que originalmente era apenas para duas pessoas, já que o proprietário não necessitava mais do que um quarto e um espaço social. No entanto, diversos espaços adicionais foram acrescentados ao programa para receber hóspedes no exterior da casa e integrá-los nas atividades sociais, jardins, terraços e varanda.
O partido arquitetônico está dividido em quatro níveis: 1- acesso, 2 - os quartos de hóspedes e a área social que contempla duas funções importantes; uma cozinha aberta para a sala de estar, sala de jantar e terraço, com o máximo de espaço aberto possível para criar uma conexão entre a casa e a natureza, 3 - suíte principal e 4 - área criativa, que inclui um estúdio de música e uma biblioteca. Além disso, um jardim perimetral foi projetado para integrar sutilmente a casa à paisagem natural.
A proposta do projeto deveria contemplar certas normas locais, e fazer referência a alguns materiais "tradicionais", que pareciam mais uma limitação do que uma contribuição, porém a casa mantém uma linguagem comum com o resto do conjunto. Os volumes foram construídos em concreto com certos elementos da estrutura em metal, o que torna sua leitura muito leve. O tratamento da fachada é um jogo de texturas/funcionalidade que revela simultaneamente a construção e o sistema funcional, assim como a textura e a cor, por isso temos uma gama que vai desde o tradicional azulejo, a pedra, que mitiga o sol, até as placas solares que fornecem a energia para iluminar o exterior da casa e sua sala de máquinas. Em resumo, a Casa AYG tem sido um exercício de simplificação da operação, aproveitando ao máximo os recursos naturais do local e mimetizando-os ao máximo para ter o menor impacto possível no terreno.