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Arquitetos: David Chipperfield Architects
- Área: 3500 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:James Ewing / JBSA
Descrição enviada pela equipe de projeto. No extremo noroeste do distrito histórico de Greenwich Village, a Jane Street se caracteriza por uma mistura de casas de tijolos vermelhos e grandes blocos de apartamentos, datados principalmente dos séculos XIX e XX, respectivamente. Este novo edifício de apartamentos está localizado em um terreno anteriormente ocupado por uma garagem de dois andares na década de 1920. O edifício de seis pavimentos conta com estacionamento no subsolo, apartamentos duplex, apartamentos nas laterais e uma cobertura com jardim. Fazendo a mediação entre as estruturas circundantes de diferentes tamanhos, o volume inserido respeita a escala da rua e reflete seu contexto arquitetônico.
Os cinco pavimentos que podem ser vistos do nível da rua oferecem uma interpretação contemporânea das casas de tijolos do entorno, mas com uma articulação diferente de base, centro e coroamento. A escala das entradas, assim como o ritmo das janelas, combinado com o uso de mainéis e o assentamento dos tijolos, fazem referência à rica arquitetura habitacional do West Village. O contexto local também é referenciado através das cores e materiais das fachadas.
O edifício tem uma composição simétrica, com entradas rebaixadas em cada extremidade do andar térreo. No centro está a entrada dupla para os apartamentos e a garagem. As janelas tem desenhos diferentes para cada componente do complexo residencial. As residências de dois andares, por exemplo, têm janelas francesas com varandas, enquanto os apartamentos laterais nos dois andares acima têm aberturas mais amplas divididas por mainéis de concreto. A cobertura, com pé-direito mais alto, é afastada da rua e pode ser lida como uma estrutura simples de pilares e vigas, emoldurando grandes janelas que têm vista para um jardim privado.
O concreto pigmentado vermelho é utilizado para o piso térreo dando-lhe uma forte presença escultórica. Os pavimentos superiores são revestidos em tijolo romano, com frisos, lintéis e mainéis no mesmo concreto vermelho, proporcionando sutis variações de cor em todo o seu comprimento. A fachada da rua é coroada por uma cornija que ecoa o friso saliente entre o térreo e o primeiro andar e dá sombra extra e articulação à fachada. A estrutura da cobertura também usa concreto vermelho.
São utilizados materiais modestos, mas resistentes, com grades e esquadrias de bronze no exterior e pisos de granilite nas áreas comuns. As casas e apartamentos têm pisos de mármore Carrara e carvalho natural. O terraço e um jardim posterior são projetados pelo arquiteto paisagista belga Peter Wirtz, garantindo que todos os apartamentos tenham uma conexão com a natureza.